(A)polar

Polar

Apesar do tempo extremamente frio, Baekhyun e Chanyeol estavam bem aquecidos graças ao calor do corpo um do outro. No meio da madrugada, acabaram virando para o outro lado, fazendo com que o Park fosse a conchinha maior da vez, passando um dos braços pela cintura de Baekhyun e o trouxe para bem pertinho, fazendo ele apoiar o rosto em seu braço como se estivesse repousando a cabeça sobre o travesseiro. Byun nunca agradeceu tanto pelo mais velho dormir sem roupa; estava tão bem ali, sentindo a pele dele encostando na sua, enquanto dividiam um edredom felpudo e também quentinho.

Se certificaram de trancar a porta antes de voltarem a dormir, pois não queriam correr nenhum risco de serem pegos dormindo daquela maneira, assim como não queriam dormir separados — Baekhyun estava começando a se acostumar a dormir com Chanyeol, estava adorando. E, depois da última noite, era que não queria sair de perto dele mesmo.

Em um certo momento de sua vida, jurou que morreria virgem e, saber que não era mais, lhe deixou bastante feliz e, ao mesmo tempo, se sentia bobo. Foi uma experiência incrível; não foi nada desagradável e tinha certeza que estava com a pessoa ideal; foi bom, ele foi cuidadoso, carinhoso e lhe tratou como se ele fosse a pessoa mais preciosa do mundo. Talvez ainda não soubesse, mas o moreno o enxergava daquela maneira. Como alguém precioso.

Como de praxe, acordou primeiro que Chanyeol, mas não levantou. Permaneceu quietinho e sorriu de canto, passando sua bochecha no braço em que sua cabeça repousava, buscando mais contato com a pele quentinha e macia. Passou a mão pelo braço que estava em sua cintura e, um pouco nervoso e desajeitado, entrelaçou sua mão com a dele, escutando um risinho baixo e soprado atrás de si.

— Já acordou? — A voz rouca e grave pelo sono invadiu seus ouvidos, causando-lhe um arrepio gostoso e, quando sentiu ele deixar um selar em sua nuca, não evitou suspirar. Era tão bom se sentir querido, se sentir de certa forma, amado e cuidado. — Bom dia, Baekhyun. — Após o cumprimentar, fez um barulhinho sonolento e fofo.

— Bom dia, Yeol. — Virou seu corpo para o lado oposto para ficar de frente à Chanyeol.

— Meu braço tá dormente. — Sorriu divertido, recolhendo seu braço devagar para si. Seus olhos estavam entreabertos e sua bochecha com marcas do travesseiro, sem falar em seu cabelo bagunçado, uma verdadeira gracinha.

— Oh me desculpa — falou tímido — Eu durmo bem quieto, às vezes, por isso não sai de cima dele. — Crispou os lábios. — E é tão bom ficar pertinho de você — confessou, levando a ponta dos dedos até a mão dele, brincando em seu dorso.

— Eu imagino que seja bom — disse convencido, sorrindo de canto. — Como você está se sentindo?

— Bem. — Fez uma expressão confusa e passou uma das mãos em seus fios de cabelo e, ao mexer as pernas de um jeito mais descuidado, sentiu uma breve dorzinha em seu quadril, mas nunca verbalizou algo assim. Porém, seu rosto acabou lhe entregando.

— Está com dor? — perguntou preocupado, fazendo um carinho no rosto de Baekhyun com as costas das mãos. — Eu não fui muito brusco com você não, né? — indagou, franzindo o cenho.

Fofo até em um momento assim, Baekhyun estava começando a ficar tão vermelho quanto um tomate, mas uma parte sua ainda achou adorável o jeito que Chanyeol estava preocupado — provavelmente com a sua bunda levemente dolorida.

— Não, fica tranquilo. — Riu sem jeito. — É que né... — Não sabia como falar aquilo. Céus, sentiu seu rosto queimar e, quando fitou Park e viu que ele mordia os lábios, nitidamente segurando o riso. — Foi a minha primeira vez e... Você está rindo de mim, seu idiota! — Empurrou o peitoral desnudo e virou-se ficando de barriga para cima, puxando lençol de novo para se cobrir também.