EPÍLOGO

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Giulia

Seis meses depois

Eu não podia imaginar, em toda a minha vida, que estaria tão feliz. Claro que antes de tudo isso, eu ainda tive que fugir e mendigar. Sofri com a possibilidade da perda. Mas hoje agradeço a Deus por ele ter me dado a oportunidade de viver essa felicidade.

Ao olhar para Dante com Nina, mal me lembrava do homem sedutor e possessivo que despertou em mim uma paixão louca de menina. Ele já era um outro homem, mais alegre e que se dedicava à família. Claro que ele já fazia isso, porém estava diferente. Dante estava comigo e Nina, não só com seus irmãos.

Óbvio que nada era tão perfeito. Os negócios da máfia o cobravam muito e eu tinha que dividi-lo com eles.

Era bom saber que minha filha iria crescer tendo o seu pai por perto e que poderia até ter um irmão. Bem, era disso que Dante estava tentando me convencer. Parece que gostou da paternidade surpresa.

Falando nele, ele havia acabado de chegar, abraçando-me por trás e beijando o meu pescoço, causando arrepios em mim.

— Chegou mais cedo hoje? — Ele quase nunca se mantinha longe por muito tempo, só quando era extremamente necessário. — Alguma ocasião especial?

— Todos os dias são especiais. Eu só não conseguia parar de pensar na minha esposa nua em cima dos lençóis brancos da nossa cama. Seus braços fortes apertaram a minha cintura enquanto ele beijava o meu pescoço.

Um safado, como sempre.

Foi só ouvir a porta se abrir, que a menina que tinha acabado de completar um ano e dar seus primeiros passos, apareceu, fugindo da babá, com quem ela estava brincando segundos antes.

Se tinha alguém que poderia roubar Dante de mim, era Nina, que já sorria e abria os bracinhos para que ele a pegasse no colo. E foi exatamente isso que ele fez, deixando-me de lado.

— Minha menininha linda.

Nina ficava louca com os beijos dele e ria como se isso fosse a coisa mais engraçada do mundo. Esse era o significado da perfeição.

— O papai trouxe um presente para você.

— Outro? — eu o questionei, pondo as mãos na cintura. — Você vai acabar estragando essa menina.

— Não fique com inveja. Eu também trouxe um para você.

Acabei revirando os olhos, sentindo que perderia essa briga. Se tem algo que Dante fazia muito bem era argumentar.

Na verdade, seu amor e dedicação eram o que eu mais estava gostando de ver, e esperava ver sempre. Apesar de tudo, finalmente estávamos felizes.

Fim.

A filha rejeitada do mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora