Empresa

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Gabriel

Mesmo não querendo, tentando todas as formas possíveis, estou indo viajar novamente. Houve um problema seríssimo na empresa que fica no Japão, e eu vou precisar ir pessoalmente pra resolver essa questão. Nós já até achamos um vice presidente, mas a papelada atrasou e ele só vai poder começar semana que vem. Se ele já tivesse sido contratado, quem iria resolver esse b.o seria ele. Mas como ele não está, quem vai precisar resolver esse problema sou eu. Até pensamos em a Lara ir junto, mas o médico achou melhor não. A não ser que ela quisesse ter um parto no avião. A Liz está prevista pra nascer daqui 1 semana e, alguns dias. Eu vou ficar 4 dias viajando, espero que dê tudo certo e que eu volte pra ver minha filha nascer. Eu só vou porque estamos a beira de uma crise e a Lara disse que eu poderia ir sem problemas que provavelmente a bebê só iria nascer quando eu voltasse. A Estela, juntamente com a minha mãe estavam e, ficariam na nossa casa para auxiliar em tudo que for necessário o que ao menos me deixa mais tranquilo, Lucas também vai passar lá todos os dias, pra prestar o suporte que for preciso e de brinde ver a Estela também. Mas eu estou me sentindo o pior dos homens em ir viajar com a minha mulher grávida de 9 meses.

Estávamos no aeroporto, dou um beijo na bochecha de Heloisy, ela me abraça e diz:

- Eu não queria que fosse embora de novo, papai.

Me abaixo, seguro em suas mãozinhas, olho em seus olhos:

- O papai também não queria ir, mas eu preciso trabalhar meu amor. Volto logo, eu prometo.

Ela me oferece o dedo mindinho e diz:

- Jura de dedinho?

Aperto o dedinho dela, com o meu e falo:

- Juro de dedinho.

Ela me abraça mais uma vez e eu beijo a testa dela me levantando. Me aproximo de Lara, seguro em uma das mãos.

- Se você quiser que eu fique, você sabe que eu fico.

Ela sorri

- Eu estou bem, Gabriel.

Coloca a mão na barriga e diz:

- Provavelmente a Liz vai nascer um pouco depois ainda que você voltar. Tá diferente dessa mocinha sair do forninho.

Me abaixo ficando na altura da barriga, dou um beijo e falo:

- Filha, não faça igual quando fomos descobrir que você era uma menininha viu? Espera o papai dessa vez, mocinha.

Lara sorri.

- Não vai ser dessa vez que teremos uma filha [que vai nascer em outro país.

Dou um beijo na bochecha dela.

- Se você quiser o próximo pode nascer onde você quiser.

Ela dá um tapa no meu ombro.

- O próximo? Não vai ter próximo pelo menos por um bom tempo.

Sorrio malicioso colocando as mãos na cintura dela.

- Vamos ficar só nas tentativas por enquanto.

Ela dá risada

- Bobo.

- Bobo por você.

Ela me beija.

- Te amo.

- Também te amo. Qualquer coisa não hesite em ir para o hospital ou me ligar.

- Sim, senhor general pode deixar.

Dou mais um abraço nela e na Heloisy e vou para o avião. Já dentro do avião, olho ele decolar e só espero que dê tudo certo e que as minhas meninas fiquem bem. Quero resolver esse problema o mais rápido possível para voltar para casa.




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