2 | Surpresa

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[Nome]

Acordei sentindo minhas costas doerem, me sentei na "cama" que eu montei na varanda coçando os olhos e olhando para o céu que estava nublado, estava muito frio e provavelmente tinha acabado de amanhecer, visto que ainda não estava totalmente claro. Me levantei pegando minhas coisas do chão e entrando no quarto novamente, arrumei tudo em seu devido lugar e fui para o banheiro, me sentei na privada sentindo o xixi ser expulso para fora da minha bexiga. Por quê o xixi da manhã é tão bom de fazer?! Da um arrepio...

Escovei meus dentes, lavei o rosto e arrumei meu cabelo, a cada movimento brusco que eu fazia uma parte do meu corpo estralava, a dor nas costas estava me matando, que péssima ideia de dormir na varanda.

Voltei para o quarto e liguei meu celular, eram 6 da manhã ainda, provavelmente todos tirando o vovô estavam dormindo. Eu peguei uma legging preta, uma camisa fina branca e um moletom da mesma cor colocando as roupas, coloquei meias nos pés e peguei meu celular saindo do quarto, coloquei meu celular sobre a bancada da cozinha e procurei pelo cereal, peguei a vasilha e enchi com as bolinhas, depois coloquei um pouco de leite. Enquanto comia, mexia no celular distraida. Vovô logo apareceu na cozinha com uma cara nada boa, ele abriu a geladeira e pegou um abacate, pegou um pote e um amassador, colocando o abacate no pote e amassando o mesmo.

- Bom dia, vô.

- Bom dia, [Nome]. - Ele falou simples e saiu deixando o abacate ali, provavelmente ele iria fazer algum tipo de chá, máscara, creme, ou sei lá, não dou muita importância para as suas receitas.

Após terminar de comer, lavei minha pequena parte da louça e guardei tudo, fui até a mesinha do lado da porta da saída e coloquei meu tênis de caminhada, eu não costumava sair para caminhar, mas hoje eu queria aproveitar um pouco do silêncio da cidade para desestressar. Amarrei o cadarço e sai, quando estava fechando o portão e me virei, vi Baji parado em frente ao portão com o celular na mão, ele estava vidrado na tela do celular. O garoto usava uma calça moletom preta, um coturno da mesma cor e uma camisa branca com uma jaqueta de couro. Mas o que caralhos ele está fazendo na frente da minha casa às 6 da manhã??

- Porra, Mikey, porquê você não me... -  Ele levantou o olhar para mim e parou de falar na hora, parecendo confuso.

- Queria falar com o Mikey? - Cruzei os braços, ele continuou sem me responder.

- [Nome], o que cê tá fazendo aqui esse horário? - Ele riu disfarçando e coçando a nuca.

- Eu que te pergunto. Ontem o Mikey voltou tarde da noite todo machucado e todas as vezes que eu pergunto ele nunca me fala o que aconteceu, e eu sei que você é um dos garotos que saem com ele sempre, Baji, então se você não abrir a porra da boca  agora, eu faço questão de quebrar todos os seus dentes com um só soco. - Apontei meu dedo em sua cara partindo pra cima dele, ele levantou os braços como estivesse se rendendo com uma cara assustada.

- Calma, gatinha, eu poderia te falar sem essa agressividade toda.. - Ele segurou minha mão abaixando ela, revirei os olhos vendo aquele sorriso de canto aparecer no seu rosto. - Promete não falar que eu que contei?

- Nem vou entrar no assunto de quem contou. - Falei esperando uma resposta sair de sua boca.

- A gente faz parte de uma gangue, [Nome], bem pequena comparada as outras, mas bem forte... E o cara que lidera a gangue é o Mikey. Todos os dias a gente se reune para reuniões pré-lutas e as vezes só pra discutir assuntos de gangues. Ontem nós tivemos um pequeno conflito com uma gangue pequena que tinha acabado de se formar e já foi dissolvida, o Mikey acabou se machucando um pouco porque vários garotos seguraram ele, mas a gente chegou a tempo e depois botamos eles pra correr. - Ele explicou detalhe por detalhe.

Untouchable - Ken Ryuguji [REESCREVENDO] Onde histórias criam vida. Descubra agora