Pov Lauren- Ela ainda não tá falando com você? - Ally perguntou se sentando ao meu lado no almoço. Levantei a cabeça e olhei pra Vero que estava na ponta, Dinah estava ao seu lado.
- Não. - ainda estava com um pequeno curativo no supercilio. Peguei minha maça e dei uma mordida. Ally colocou um pudim em minha bandeja e agradeci com um sorriso.
- Ainda não entendi essa história, Laur. Como você, e a Camila? Meu Deus, não entendo. - Ally parecia confusa.
- Aconteceu Ally. - eu nunca soube mentir, então acho melhor não inventar muitos detalhes.
- Mas caramba. Deixa pra lá, não quero entender, essa sua vida sexual é estranha demais pra mim. - e pra mim que nem ao menos tenho uma? - Já falou com seus pais? - perguntou e eu engoli o que tinha na minha boca e logo encarei a baixinha. - Quando vai falar?
- Hoje ainda. - segunda-feira, minha mãe vai me matar. Eu voltei pra casa no domingo e meus pais já estranharam, por que sempre vamos da casa de uma das meninas pra escola, só voltamos pra nossa casa na segunda-feira, mas como Vero estava chateada eu preferi ir pra casa no domingo mesmo. - Só não sei como contar.
- Diz a verdade. - olhei pra Ally e me imaginei dizendo que na verdade o bebê não era meu, mas eu resolvi assumir pra ajudar uma mulher de trinta e três anos, e que a propósito é mãe da minha melhor, ou ex melhor amiga. Não, a verdade não é uma boa ideia.
- É, talvez você tenha razão. - falei e fiquei em silêncio voltando ao meu almoço. Quando terminei olhei em direção a Vero que me encarava, ela logo desviou o olhar e eu bufei.
- Com licença, posso me sentar aqui? - olhei para o lado e vi uma garota de longos cabelos brancos apontando para a cadeira vazia ao meu lado.
- Oh, claro. - falei e a garota se sentou ao meu lado. Estendi minha mão pra ela. - Lauren Jauregui.
- Lucy Vives, nova por aqui. - ela disse e apertou minha mão.
- Seja bem-vinda. - Ally também se apresentou pra ela e logo nos envolvemos em um assunto. Ally sempre faz amizade rápido, então ela se deu bem rapidamente com a novata. Quando o sinal bateu nós voltamos pra sala. Dinah e Vero se juntaram a nós e logo conheceram Lucy. Vero nem me olhava, mas eu a conheço, sei que isso logo passa. É capaz dela ainda estar chateada por que eu não contei que "perdi" minha virgindade.
(...)
- Mama. - entrei na cozinha do restaurante e a mulher estava ajudando no preparo dos alimentos.
- Oh, minha bambina. - ela veio me cumprimentar e deixou dois beijos em meu rosto. Quero ver se depois do que tenho pra contar ainda vai ter beijinho.
- Temos que conversar, onde está o papa? - perguntei e a mulher me encarou desconfiada. Dona Clara sempre parece notar as coisas.
- Estou aqui. - meu pai entrou na cozinha com uma caixa de legumes fresco. - Sobre o que quer conversar, bambina?
- Podemos ir para a adega de vinhos? - ainda eram quatro da tarde, então o lugar estaria vazio. Os dois assentiram e seguimos pra lá, não é o melhor lugar pra contar aos pais que eles serão avós, mas era o que tinha para agora, eu não queria esperar mais.
- É algo sério. - papa comentou e eu assenti, tinha uma cadeira e eu logo ofereci pra minha mãe se sentar, tinha reais chances dela desmaiar ou usar a cadeira pra me bater.
- Mama, papa. Aconteceram algumas coisas e teve alguns erros de percurso e consequência. - foi a forma que eu achei de começar. - Eu tive relações sexuais com uma mulher. Só que... caramba, como vou contar isso? - me perguntei e comecei a dar passos pela adega.
- Diga de uma vez, Lauren. - minha mãe disse e eu parei encarando os dois.
- Vocês vão ser mães, não, avós, eu vou ser mãe. - falei e acabei me enrolando, torci pra que eles tivessem ao menos entendido.
- Mike, você não ensinou a garota a usar camisinha. - sim, ele ensinou, com uma berinjela.
- Óbvio que eu ensinei, Clara. Lauren, você estava prestando atenção quando eu te expliquei? Papa te deu uma caixa de camisinhas, filha. - infelizmente eu estava.
- Eu prestei atenção, papa. Acho que talvez a camisinha tenha estourado. - eu já estava corada com essa situação, eu não queria falar disso com meus pais, não desse jeito.
- Quem é a garota? Nós conhecemos os pais dela? É a Vero, Laur? - minha mãe disparou, ela insistia em acreditar que eu e Vero tínhamos ou teríamos algo. Credo.
- Não mama. Na verdade, é a senhorita Cabello, a mãe da Vero. - meu pai arregalou os olhos e minha mãe colocou a mão na testa, meu pai começou a abana-la.
- O que pretende fazer agora, Lauren? Além de assumir o bebê, claro. - meu pai disse rígido.
- Claro que vou assumir. - falei convicta. - Eu queria começar a trabalhar aqui, eu sei que vocês acham que eu devo me concentrar só nos estudos, mas eu vou precisar de um emprego.
- Vai mesmo, crianças são caras. - papa disse e minha mãe parecia chateada com a situação. - Mas falamos disso depois. - me aproximei e me ajoelhei de frente a minha mãe.
- Mama, não fique decepcionada comigo.- eu pedi e a mulher me encarou com os olhos marejados.
- Você é tão nova, meu bebê. - mama acariciou meus cabelos e beijou meu rosto, um bom sinal pelo menos. - E eu também, sou tão nova pra ser vovó. - a mulher deixou uma lágrima cair, mas com um pequeno sorriso nos lábios.
- É bom que vai dar pra você aproveitar muito o seu netinho, mama. - falei e a mulher limpou a lágrima que insistia em rolar em seu rosto.
- Ela já marcou o primeiro pré-natal? - mama perguntou e eu me pus de pé percebendo que ela, de certa forma, já havia acetado a situação.
- Não sei. - confessei e nós três seguimos para a saída da adega.
- Pois você vai a casa dela saber disso, e vai levar algo pra ela jantar também. - mama disse e ia falando tudo que eu tinha que perguntar, fazer e saber. Só se eu tivesse um bloquinho e caneta pra lembrar de tudo que ela me disse.
- Mama, pode fazer sua lasanha pra que eu leve um pedaço pra Vero. Ela ficou um pouco chateada com toda essa situação. - falei e minha mama me encarou por breves dois segundos.
- Tem certeza que essa garota não é apaixonada por você, minha bambina? - mama perguntou e eu acabei rindo. Sabe quando sua mãe sempre acha que você está com seu melhor amigo?
- Não, mama. Vero é minha amiga, e ela gosta da mesma coisa que eu. - mama deu uma leve risada, indo preparar o que pedi. Avisei que iria a nossa casa tomar um banho antes de voltar e buscar o jantar da Camila e Vero.
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My Favorite Woman
FanficCamila, uma mulher de trinta e três anos, grávida de seu chefe. Um homem muito respeitado no meio político e que não iria assumir seu filho. Mais uma vez, a história se repete. Mais uma criança que ela vai criar sozinha. Ela só não contava com a aju...