Capítulo 40 - Dinally.

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Pov Dinah

Amigas normais eu não tenho, deu pra notar? Claro que ninguém percebeu a intenção delas, não é? Até parece. Mas elas notaram que Ally acabou de passar por uma coisa difícil aqui.

- Ally, me deixe falar com você. – Troy disse surgindo sabe lá de onde.

- Não, me esquece, Troy. – a baixinha disse e começou a me puxar, o rapaz apressou o passo e quando ia segurar o braço da Ally eu a segurei contra mim.

- Se eu não quebrei seu maxilar, eu o vou fazer se encostar-se a ela. – falei entredentes e o rapaz pensou na possibilidade.

- Deixe de drama, eu quero falar com minha namorada. – Troy disse e eu apertei minhas mãos contra os braços da Ally.

- Que namorada? – Ally se impôs. – Que namorada? Vai se foder, Troy. – eu arregalei os olhos, eu nunca tinha a visto xingar. Ela se pôs a andar em direção ao meu carro, eu o destravei e ela logo entrou. Entrei no lugar do motorista e me pus a dirigir, estávamos em silêncio quando do nada ela começou a chorar. E eu fiz a pergunta mais imbecil da face da terra.

- Você está bem? – ela colocou seus pés sobre o banco do carro e abraçou as próprias pernas.

- Eu não quero ir pra casa, DJ. Me leva pra outro lugar. – ela disse e ficou olhando pela janela. Eu fiz o próximo retorno e acelerei o carro em direção ao lugar que eu a tanto conhecia. Quinze minutos depois eu encostava no velho parque de diversão. – Que lugar é esse? – ela perguntou e logo saiu do carro.

- Foi o parque de diversão que meus pais deram seu primeiro beijo. – falei e Ally se virou pra mim. – Ele funcionou por muito tempo, mas com a chegada de brinquedos radicais, ele acabou sendo deixado de lado. Hoje só serve como enfeite e isso porque ninguém se interessou pelo terreno ainda. – Ally analisava os brinquedos, passando as mãos por alguns deles, ela se aproximou do carrossel e montou em um dos cavalos. Eu fui até lá e comecei a empurrar o brinquedo.

- É besteira esperar a pessoa certa? – ela perguntou olhando para o nada, eu a olhei rapidamente ainda empurrando o brinquedo.

- Não. – falei simplesmente.

- Como não? Ninguém mais quer esperar até depois do casamento. Todas as minhas amigas já perderam a virgindade, e eu estou guardando a minha pra alguém que nem sei se vai aparecer. – Ally disse realmente parecendo desapontada.

- Você não tem que ir pelos outros, Ally. Não importa se nós não somos mais virgens. Alguém ainda vai querer esperar você. – falei e Ally me encarou.

- Quem? – eu queria gritar que a esperaria, mas eu não podia.

- Você gosta tanto dele assim? – perguntei me referindo ao Troy. Ally suspirou, eu ainda continuava empurrando o brinquedo, lentamente.

- Não. – Ally disse. – Mas não sei como vou contar para meus pais, e agora tudo que eu acredito está em jogo. Ele disse que ia esperar, que não se importava com isso. Que idiota eu sou. – parei de empurrar o carrossel e fui até o cavalo que ela estava. Encarei seus olhos.

- Você não é idiota, ele é. Por não ter esperado, por não ter aproveitado a oportunidade com você. – Ally abaixou a cabeça, mas logo me encarou. – Você não é idiota por querer guardar sua virgindade para alguém que você ame e que vai querer esperar. – ela me puxou e me abraçou, ela está quase da minha altura dessa forma.

- Por que você não é fofa assim sempre? – ela perguntou e eu ri baixinho acariciando seus cabelos. Beijei sua cabeça e a apertei em meus braços.

- Eu posso ser o que você quiser, Ally. – falei e a garota levantou seu rosto e me encarou.

- Eu quero que você seja apenas você, é a parte que mais gosto. – ela disse e meu coração deu um solavanco. Ally desceu do brinquedo e ainda assim estava agarrada ao meu corpo, na verdade ela quase caiu e me levou junto. Ficamos assim, em pé e abraçadas. Ally começou balançar seu corpo, eu podia ouvir be alright do Bieber ao longe. – Gosto dessa música. – ela disse baixinho. A cabeça encostada no meu peito, meus braços ao redor do seu corpo, assim como os dela, estavam me agarrando. – Podemos ficar aqui pra sempre? – ela perguntou e se encolheu contra mim.

- Claro. Só temos que arrumar um emprego. – falei e encostei minha cabeça sobre a sua. –Vamos viver da nossa arte.

- Então acho melhor voltarmos pra casa. – Ally disse e eu ri.

- Nossa, você me desanima assim.

- Como está seu namoro com a Carly? – Ally perguntou depois de alguns segundos de silêncio absoluto.

- Nós não namoramos, Ally. – acabei rindo, ela está insistindo nisso por um mês. – Por que você insiste nisso em? – nós paramos de dançar e nos sentamos ali mesmo no chão do carrossel.

- Ela é bonita e vocês parecem tão amigas. – ela disse e eu encarei.

- Como você sabe disso? Nunca a viu. – perguntei tentando entender.

- Ham...eu estou falando das mensagens que vi vocês trocar, sempre fazendo piadinhas. São bem amigas. Mas deixa isso pra lá. – ela disse e virou para o outro lado.

- Tudo bem, não tem realmente importância. Nós não namoramos. – falei novamente, tentando frisar essa parte e fazê-la entender.

- E por que não? – ela perguntou curiosa, realmente parecia curiosa.

- Eu... – suspirei, não sabia se realmente devia falar disso pra ela. – Gosto de outra pessoa.

- Gosta de outra pessoa? Eu não sabia disso. – ela parecia assustada. – Por que nunca me falou isso? – como se a pessoa é você?

- Só Lauren e Vero sabe, e provavelmente Lucy também. – falei e ela me encarou com magoa nos olhos.

- Todas nossas amigas sabem, menos eu? – ela perguntou. – Por quê? Não confia em mim? – ela realmente parecia acreditar nisso.

- Não Ally, não é isso. Eu contei apenas pra Lauren, Vero acho que descobriu junto com a Lucy. – expliquei e ela ainda estava chateada.

- E por que não me conta? Eu posso te ajudar. – ela me encarava.

- Por que você é a única pessoa que não pode me ajudar. – expliquei e ela não parecia contente com aquela conversa.

- Dinah, nós somos amigas. É claro que eu posso ajudar, te ajudei naquela prova de química que você estava ferrada, fiz curativo em você quando inventou que nadar bêbada seria divertido e bateu a cabeça, na verdade eu levei a culpa, dizendo que a gente estava brigando e eu te joguei um vaso de porcelana, nós somos amigas de longa data, sempre estivemos juntas, não tem por que você achar que não vou te ajudar ou me contar, isso não tem... – a beijei. Porra, por que eu a beijei? Pelo menos ela se calou. Minha mão estava em seu rosto e nossas bocas em um beijo leve, uma troca de carinho, e ela realmente está correspondendo. Não era nada malicioso. Era apenas um beijo leve.

- É você. – falei assim que nos separamos, ela estava segurando minha mão que ainda estava em seu rosto e me encarando com os olhos arregalados. Duas opções, ou eu ferrei com tudo, ou posso ter fodido tudo. Nenhuma das duas me parece boa.

My Favorite WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora