Capítulo 64 - Estou aqui, meu amor.

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Essa semana seria a reta final da fic, os últimos caps. PORÉM, tô cansada de postar três caps todo dia e ainda ter gente cobrando mais, é sacanagem. Vocês querem o que? A fic toda num dia só? Não dá né, então se tiver mais algum tipo de cobrança hoje, vou diminuir a frequência de postagem e a fic vai demorar ainda mais pra acabar.

Apesar de não ter escrito a fic, é trabalhoso pegar todos os capítulos e arrumar aqui no wattpad pra ficar do melhor jeito pra lerem.

Enfim, pra aqueles que respeitam o fato de serem três caps por dia, uma ótima leitura.

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Pov Lauren

- Qual é a de vocês duas com a minha filha? – perguntei entrando em casa e vendo Vero e Lucy brincando com Valen. Sempre que estão aqui fazem questão de ficar com a pequena. E eu não tô com ciúme, acreditem, mas elas nem se trancam no quarto mais.

- Nós gostamos de bebês. – Vero disse eu a encarei semicerrando os olhos. – Lucy gosta de bebês, eu gosto da Valen.

- Vero fica linda segurando a irmã. – Lucy disse e eu vi corações saindo de seus olhos, não literalmente. Olhei pra Vero que tinha um sorriso malicioso, agora entendi por que ela sempre fica com Valen quando Lucy está em casa. Minha filha está sendo usada como um jogo de marketing da Verônica.

- Misericórdia. – balancei a cabeça afastando os pensamentos. - Onde está a Camz?

- Está no quarto. – Vero disse sem nem olhar pra mim. Subi as escadas até encontrar minha latina organizando seus livros. Me aproximei dela e a puxei fazendo-a ficar de frente pra mim, ela acabou se assustando com minha abordagem inesperada.

- Oi. – falei e abracei seu corpo. Ela fez o mesmo e apertou seus braços envoltos do meu pescoço. Camila encostou seu rosto no meu pescoço e a senti suspirar.

- Oi, você demorou. – ela disse me apertando contra ela.

- Mama queria saber tudo que podia sobre como Valentina passou esses dois dias sem elas se verem. – falei e Camila riu. Segurei sua cintura e comecei a balançar nossos corpos com lentidão, uma dança sem nenhuma música. Ficamos alguns minutos naquela dança, estou tentando agrada-la antes de contar o que to pensando em fazer desde que cheguei. – Quer tomar banho? – perguntei. Ela sempre relaxa ao máximo depois de transar no banheiro e logo em seguida o banho na água quente. Camila me olhou e beijou meus lábios com lentidão.

-Você lava meus cabelos. – ela disse antes de me puxar para o banheiro. A ideia era simples, fazer sexo muito gostoso, lhe dar banho, lavar seus cabelos e depois contar. As três primeiras coisas eu tirei de letra, modéstia parte. – Oh, você estava cheia de vontade hoje. – Camila disse e deu um tapa em meu bumbum. Ela saiu do banheiro primeiro e eu fui logo depois, Camz pegou duas cuecas minha. Uma ela jogou pra mim e a outra ela vestiu.

-Então, amor... – comecei enquanto ela procurava uma blusa minha, que ela já tinha se apossado desde que eu tenho dormido aqui. – Temos que conversar. – a latina me olhou enquanto secava um pouco mais seus cabelos. Eu vesti o primeiro top que achei e peguei uma calça de moletom. Ela ainda me olha esperando que eu continue. – Seu pai foi até o restaurante hoje. – eu disse e ela pareceu voltar toda sua atenção pra mim, deixou a toalha de lado e me encarou cruzando os braços.

-E o que ele queria? – perguntou fechando as portas e guardando a toalha.

-Conversar. – eu disse e a vi se virando novamente e me encarando, agora com as mãos na cintura. – Eu vou explicar.

Flashback On.

- Por que a mama pede tanto tomate? – perguntei vendo o cara descarregar caixas e mais caixas de tomates frescos. Uma prancheta em mãos e meu pai do meu lado.

- Ela adora fazer o próprio molho de tomate pra tudo. – ele disse e eu olhei o que eram sete caixas de tomates.

- Okay, eu entendo. Mas sete caixas de trinta tomates por semana? Ela deve ser compulsiva por molho de tomates. – eu disse coçando a cabeça.

- Não deixe ela te ouvir falando disso do molho de tomate dela. – papa disse batendo em meu ombro. Algo sobre a mama, nunca questione o que ela faz na cozinha.

- Senhorita Jauregui. – ouvi meu nome sendo chamado e olhei em direção ao som encontrando o senhor Cabello. Papa se pôs ao meu lado e encarava o homem como eu. – Podemos conversar? – ele disse educadamente, nem parecendo o mesmo homem que havia jantando comigo a bons meses atrás. Papa deu dois passos ficando em minha frente.

- Converse comigo. – ele disse, senhor Cabello o encarou por alguns segundos. Notando que nada faria sem conversar com meu papa primeiro, ele simplesmente balançou a cabeça. Papa beijou minha cabeça e saiu a andar com o homem. Continuei a conferir as caixas e logo estava as levando pra dentro com um dos garçons. – Bambina. – ouvi papa me chamar quando eu carregava uma das caixas de tomates. Olhei pra trás e o vi sendo acompanhado do senhor Cabello. O que quer que esse homem tenha dito, convenceu meu papa. – Pode tirar cinco minutos pra conversar com o senhor Cabello? – ele perguntou, papa nunca me forçaria a falar com ele, mas eu sabia que ele acha que é uma boa ideia só dele ainda estar aqui.

- Tudo bem. – entreguei a caixa de tomates para meu papa. Me aproximei e o cumprimentei com um manear de cabeça.

- Olá. – ele disse, como se não tivesse feito nada. Não tivesse ofendido minha mulher na nossa mesa de jantar. – Eu quis vir conversar pessoalmente com você. Sobre minha filha e minhas netas. – agora ele lembra, interessante.

- Pode dizer. – falei simplesmente, de fato eu nem tinha obrigação de o ouvir. Mas a educação, que meus pais me deram, insiste em continuar aqui.

- Não sei bem como começar. Mas acho que deveria pedir desculpas pelo que eu falei a vocês. – ele disse, ficamos parados ali mesmo. Eu podia ver meus pais na janela observando.

- Acho que tem que pedir desculpas a Camila, não a mim. – falei e pus minhas mãos em meus bolsos. Encarei os olhos do home mais alto que eu.

- Ela não vai me ouvir, por isso vim conversar com você. Eu sei que se você falar com ela talvez ela me dê uma chance de conversar. – ele disse e eu analisava cada gesto seu, cadê toda aquela arrogância. – Eu quero muito conhecer minha netinha. Minha esposa disse que é uma menina linda. Além de Vero, eu quero me aproximar das minhas netas. Eu nunca fui avô de verdade antes, não sei nem se já fui pai. Abandonei minha filha com um pequeno ser em seu ventre. E agora ela é uma mulher trabalhadora, forte, guerreira. – ele parou de falar e o vi abaixar a cabeça. – E não foi comigo ou com a mãe que ela aprendeu a ser assim. Foi sozinha. – eu vi uma lágrima escorrer de seu olho, ele tratou logo de seca-la antes de me encarar novamente. – Eu quero uma chance, de mostrar que posso ser melhor. E eu preciso que você fale com ela, se ela não aceitar que eu me reaproxime dela, ainda sim quero conhecer minha neta e me reaproximar da Vero. – o homem disse e eu cruzei os braços.

- Olha só, com Valentina as coisas são mais fáceis, ela é apenas um bebê. Mas Vero já é uma mulher, e infelizmente ela guarda mágoa dos dois, não sei se vai ser tão fácil assim. – falei, ela não é um brinquedo que ele pode deixar guardado por anos e depois resolver brincar. Nenhuma das três é, e eu estou disposta a proteger minha família, mesmo que seja do meu sogro.

- Eu sei, eu falhei. – ele disse. – Mas eu estou pedindo uma chance. – o homem tinha súplica nos olhos. Eu tenho que parar de ser tão coração mole.

- Vou tentar.

Flashback Off.

- Foi isso que aconteceu, meu amor. – falei e Camila tinha as narinas infladas, respirando fundo.

- Quem ele pensa que é? – ela perguntou, seu tom ameaçando ficar mais alto. – Ele me abandona com uma filha, aparece dezessete anos depois pra me falar coisas horríveis quando eu conto que estou grávida novamente. – ela já gritava e eu apenas estava esperando. – E depois de me humilhar, falar coisas horríveis, pra você e pra mim, ele acha que pode aparecer com um pedido de desculpas de merda e que vai resolver as coisas. Ele que enfie essas desculpas... – seus soluços cortaram sua fala. As lágrimas invadiram seu rosto com uma velocidade alta e eu fui de encontro a ela. E cada vez que ela desabar eu serei seu alicerce. Abracei seu corpo e nós sentamos no chão, ela sendo praticamente sufocada por mim, enquanto seus soluços ainda são altos.

- Estou aqui, meu amor. Estou aqui.

My Favorite WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora