Certo pra você - parte 2

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Continuação de algum capítulo anterior com o mesmo nome. Volte algumas casas para entender 🙂

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VICENTE

Seus olhos encontraram os meus e então eu estava completamente preso. Preso naquilo tudo que acontecia entre a gente, preso no mar de verde cintilante que eram aquelas íris. Seus lábios se entreabriam em um momento de surpresa ao perceber que suas mãos agora estavam apoiadas em meus ombros, e não pude evitar que meu olhar descesse para eles.

Como eu havia sonhado em beijá-la outra vez. Como eu desejava aquela garota.

- Vicente. - meu nome saiu sussurrado enquanto eu a puxava mais e mais para mim, cobrindo sua pele com a minha e a envolvendo com mais vontade em meus braços. Parecia demais, ao mesmo tempo que tudo aquilo ainda não era suficiente.

- Gabs...

Encostei minha testa na sua enquanto meus dedos traçavam os contornos de seu rosto, incapaz de sair de perto dela. O que eu estava fazendo? Quando tinha deixado que toda aquela saudade reprimida por anos voltasse com tudo?

Porra.

- Eu quero muito, muito te beijar.

E como se tudo aquilo ainda não fosse suficiente, seu coração acelerou sobre meu peito, me fazendo perder a cabeça. A falta dela estava acabando comigo.

Eu precisava de mais.

Mas foram justamente os seus lábios que encontraram os meus, poucos segundos depois, na mais completa explosão de saudades e desejo. Eu era incapaz de dizer o que se passava em minha cabeça enquanto minha boca encontrava a sua, mas eu nunca havia me sentido assim antes.

Era como se eu pudesse respirar de novo, depois de tanto tempo submerso.

Meu Deus.

- Vi... - seus dedos deslizaram pela minha barba em uma súplica, e seu rosto de afastou minimamente do meu. Eu estava sem fôlego.

- Meu Deus, Gabriela...

Para a minha mais completa tortura, sua língua deslizou calmamente por seus lábios, como se experimentasse, sentisse que aquilo era sim, real.

- Isso foi... O que a gente tá fazendo?

Não lhe repondi, apenas cuidei para que eu pudesse beijá-la mais uma vez. Meu coração estava quente, e errava as batidas a cada toque de Gabriela sobre minha pele. Naquele momento, eu não sabia dizer como havia sobrevivido tantos anos ao seu lado sem a puxar para meus braços. Era tão certo, seu corpo se encaixava tão bem ao meu.

Seus dedos passeavam sem hesitação entre meus cachos, os puxando em uma tentativa de manter o controle sobre a situação. Mas estava ficando mais difícil a cada segundo que minha língua explorava sua boca e seu corpo deslizava involuntariamente sobre o meu.

- Por favor, Gabs - segurei sua cintura com força, impedindo seu corpo de se mover sobre o meu. - Se a gente continuar... se eu... olha pra gente.

Seu olhar ardente desceu por meu peito nú, assimilando tudo aquilo. Em um segundo sua expressão mudou de desejo para medo, e de medo para esperança, confundindo ainda mais aquilo que já não era claro em minha cabeça.

- Vicente...

Seus dedos seguraram meu rosto, me obrigando a olhar para ela. Sua pele estava quente, com um tom avermelhado que lhe deixava ainda mais atraente.

- Gabs.

- Você me promete?

- Prometer o que? - ofeguei, temendo lhe dizer algo que jamais poderia cumprir.

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