Make You Mine

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Mark sempre se considerou um bom cupido, era fácil, ele tinha uma persuasão incrível e isso afetava tanto o sexo feminino quanto o masculino. Seus amigos nunca passaram vontade nas festas quando ele estava por perto. Mas cupido para si mesmo, ele realmente não tinha jeito.

Ele observava a interna que estava apaixonado sorrir para Jackson, tocando no ombro dele enquanto dava aquela gargalhada gostosa, aquilo lhe atingiu de uma forma horrível. Ele saiu do corredor do trauma e foi direto para o refeitório para tentar se distrair com o "casal" na qual ele estava tentando unir.

Encontrou como sempre, Meredith e Derek almoçando juntos, ele sorriu. Ele não sabia se o amigo pensava em ter algo a mais com ela ou não, nunca demonstrou isso, pelo menos não para ele. Derek sempre foi fechado para relacionamentos e Mark nunca o viu namorar uma única vez, com Derek era sempre uma ou duas noites, depois nada. Também não era nada meloso ou carinhoso, gostava de manter um limite em suas noites e ele estava certo. Existe um estudo que fala que quanto mais contato físico temos com alguém, mais nos apegamos a essa pessoa. É como se a cada toque, seu corpo pedisse por mais e mais, como uma droga, uma das fortes. Chega um momento em que parece que nem que se você estiver abraçado a pessoa é o suficiente, daí que surge o amor. Derek estava certo em não ficar muito tempo com uma mulher, não se aproximar ou criar intimidade, isso com certeza não o faria se apaixonar por ela.

Mark riu lembrando dele falando sobre essa teoria, e vendo ele fazendo totalmente o contrário com Meredith. Não era algo explícito ou gritante, era muito sútil, quem olhasse de fora achava que eram apenas bons amigos, mas o rapaz sabia que não. Derek se sentar com ela todos os dias para almoçar apenas para não deixá-la sozinha não era algo normal. Ele lhe dar preferência para todas as cirurgias também não era normal. Ele a levar toda sexta para fazer aulas de natação não era normal mesmo. E o pior de tudo, que foi a gota da água para Mark desconfiar de que Derek sentia algo diferente pela loirinha, foi quando o apelido "meu bem" ficou constante em sua boca. Ele não fazia isso. Derek não era assim. Era "meu bem" pra lá, "meu bem" pra cá...claro que sempre longe dos outros, Deus o livre perder a postura de médico sério e chato que o moreno tinha. Mas Mark sabia, tinha algo errado com seu amigo.

-Se importam?- disse Mark deslizando a bandeja para a mesa onde os dois estavam sentados. Ele estava do lado de Derek.

-Sim.- o moreno falou sério.

-Não.- falou a loira tomando um gole da sua garrafa da água.

-Se deu mal, Shepherd.- riu enquanto o moreno revirava os olhos.- Como anda a lista, Mer?

-Está bem. Quando encher mais eu vou te mostrar.

-Certo. Eu avalio pra você.- piscou para Meredith e ela corou de leve. Derek apertou os olhos contra Mark e depois voltou a olhar para a loira.

-Eu não estou gostando dessa história de vocês de segredinho.- falou sério. Mark riu vendo o amigo com ciúmes.

-Somos amigos agora.

-Eu sou o amigo dela, Mark!- ele se virou para o outro homem.

-Eu posso ter mais de um amigo, Derek.- disse suavemente. O moreno olhou para ela com o cenho franzido.

-Sim...claro que pode.- suspirou e então se levantou, pegando a bandeja com o prato vazio.

-Aonde você vai?- perguntou ela um pouco apreensiva. Tinha algo de estranho no tom de Derek.

-Pro auditório.

-Achei que iríamos sentar juntos.- falou docemente. Derek olhou para ela ainda sério.

-Por que não senta com seu novo amigo, hein?- e se retirou. Aquilo atingiu Meredith de uma forma que a fez se sentir com um incômodo no peito. Era como uma vontade de chorar. Mark viu ela olhar para seu prato e um bico se formar em seus lábios, enquanto ela tentava não chorar.

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