Casmund one-shots

Tesouro

Edmundo estava fugindo de tudo, da sua família, dos seus compromissos, das suas responsabilidades, da sua noiva que agora deve estar o esperando no altar sendo que ele quem deveria estar lá, mas ele não se importa porque Edmundo está seguindo os seus sonhos.

Edmundo veio de uma família não muito rica mas que tem uma grande experiência no país, os Pevensie são donos de uma grande loja de perfumes e tecidos importados, qualquer um teria orgulho de fazer parte de uma família tão conhecida. Mas nada disso o importava tanto.

Os Pevensie tem quatro filhos em sua família, o mais velho sendo Pedro que é o herdeiro, seu irmão sempre demontrou sofrer muita pressão para herdar as coisas da família, pediam casamento e essa foi a primeira vez que Pedro realmente foi contra porque o mais velho é a favor do amor, ele não se casaria com alguém somente por poder ou dinheiro. Susana que é a segunda mais velha não teve essa sorte, ela tentou de todo a sua maneira negar isso, não gostava de todos os noivos apresentados até que se apaixonou por um conde e ambos vivem bem.

Edmundo e Lúcia como os mais novos tinham sua obrigação de estudar, casar e manter a honra da família já que a herança ainda iria para Pedro. Mas ambos os irmãos demonstravam ser diferentes desde a infância, talvez foi a influência do seu tio avô chamado Digory, ele sempre os visitava e contava histórias e eles como duas crianças bobinhas, acreditavam.

Lúcia era uma garota sonhadora, determinada, se recusava a casar com qualquer um que passasse por aquela porta pedindo sua mão. Já Edmundo era encrequeiro, sempre arrumava brigas com Pedro e fugia das festas que seus pais davam para poder ler algum livro ou se aventurar pelo jardim, eles tinham uma imaginação de ouro e criavam seu próprio mundo mágico, ambos se tornando amigos mesmo que tinham umas brigas aqui e ali.

Foi assim até Ednundo completar seus dezoito e aparecer uma proposta de casamento, ele sequer pôde negar pois seus pais já aceitaram o pedido sabendo que seu filho do meio iria negá-lo até o fim.

E Edmundo fugiu. Ele seguiu sua imaginação e as palavras do seu tio-avô que sempre dizia que havia um mundo incrível para ser explorado. Edmundo quer explorá-lo e não viver preso a vida toda por um casamento sem amor. Por isso ele se encontra perdido entre as ruas enquanto usava um terno do melhor pano e sapatos caros, sem nenhuma mala e pouco dinheiro escondido entre suas vestes, também alguns anéis nos seus dedos e um colar de ouro no seu pescoço.

Edmundo já estava sem ar de tanto correr até que percebeu um navio prestes a sair do cais, uma ideia maluca atingiu sua mente e ele correu em desespero antes que o navio saísse pelo mar. Essa é sua única chance e ele não pode perdê-la.

Foi assim que o idiota Edmundo Pevensie se encontrou preso entre cordas o apertando, a sua volta estavam homens com sorrisos sinistros e assustadoras mas o Pevensie não deixou o medo levá-lo, não, Edmundo tentou se soltar e manteve sua melhor expressão de raiva enquanto eles gargalhava das suas tentativas falhas.

Tantos navios que ele poderia entrar, por que logo piratas?

- O garotinho parece bem afortunado - Um deles disse e ao sorrir mostrou um dente de ouro, Edmundo rangeu os dentes de raiva - Podemos pedir um resgate pela vida dele.

- Minha vida não vale nada - Ele disse.

Edmundo nunca mais vai voltar para sua família, ele prefere morrer a ter que passar por toda aquela humilhação. E uma promessa que fez antes de fugir e abraçar sua irmã, ele se salvaria e voltaria para salvá-la.

- Deixem ele - Ouviu uma voz grossa a fundo, os piratas pararam de zurrar e se afastaram dando passagem a um outro homem.

Edmundo sentiu sua garganta se fechar mesmo que ele tentasse esconder o medo atrás de uma carranca de coragem e raiva. O homem a sua frente não era como os outros, ele parece em melhores condições como um nobre usando roupas velhas; um homem alto e forte, ombros largos, sua pele bronzeada brilha com a luz do sol a tocando, as íris dos seus olhos são negras e hipnotizantes. Ele mantém uma expressão séria com a coluna ereta, Edmundo entendeu que aquele se tratava do lider ou seja lá como eles chamam a julgar pelo seu peito estufado e voz de comando aos outros.