borboleta

402 45 5
                                        

Edmundo estava varrendo o quintal quando de repente Rilian passou correndo ao seu lado e se ajoelhou no chão.

- Olha papai, uma borboleta - A criança apontou.

Edmundo desviou a atenção de onde varria para a borboleta no chão, ela tinha asas rosas e estavam quebradas e a coitada da borboleta estava morta, Rilian fez bico.

- É bonita - Seu filho falou.

- Sim - Edmundo concordou, segundos depois os dois ficaram em silêncio até Edmundo aproximar sua vassoura do filho - Linda ela...vai pro lixo junto com tudo.

- Espera, não - Rilian afastou a vassoura.

- Não quero ter uma borboleta morta no meu quintal - Edmundo cruzou os braços e Rilian fez biquinho.

Horas depois na sala da casa Caspian abriu a porta enquanto já tirava o seu casaco.

- Amores da minha vida eu estou em casa - Caspian gritou mas fez uma careta confusa quando não ouviu nada.

Normalmente quando ele chega do trabalho é comum que Rilian venha correndo para abraça-lo e Edmundo - que está de férias do trabalho - venha para o receber com beijos fofos nas bochechas, uma mania que uma vez Rilian disse ver na tv e eles foram fazer para agradar a criança.

- Ed, amor - Caspian gritou de novo já começando a procurar pela casa - Leãozinho...Rilian - Ele saiu da cozinha, quartos e caminhou até o quintal.

Caspian suspirou aliviado quando viu seu filho e marido parados como duas estátuas no quintal, ambos pareciam tristes e preocupado Caspian se aproximou.

- Aqui estão vocês, eu gritei e_

- Xi - Rilian pediu colocando o dedo nos lábios e então caminhando devagar até a frente, o garotinho de oito anos segurava uma caixinha de fósforo nas mãos e se ajoelhou em frente a um buraco no quintal.

- Eu...perdi alguma coisa? - Caspian perguntou baixinho a Edmundo que apenas sorriu pequeno.

- Estamos em um enterro de uma borboleta - Ele explicou, Caspian murmurou em entendimento mesmo não entendendo nada.

Caspian ficou em silêncio ao lado do seu marido enquanto Rilian murmurava palavras confortantes sobre a pobre borboleta, ele até obrigou a Edmundo dizer algumas palavras enquanto Caspian segurava a risada.

- Papai Cas, tem algo a dizer sobre a nossa amiga borboleta que se foi? - Rilian voltou seus olhinhos fofos para Caspian que parou de rir e se calou assustado, agora quem começou a rir foi Edmundo, óbvio que ele escondeu a risada colocando a mão na boca para Rilian não ver.

- Era um bom e belo...inseto - Disse Caspian incerto - Que vá em paz com a graça de Deus ou deuses, seja lá o que borboletas acreditam_

- Fadas; ela acreditam em fadas - Disse a criança deixando com que sua voz saisse meio confusa porque mesmo com oito anos Rilian ainda não fala tão bem.

- Sim, que fique bem com as fadas - Caspian disse fingindo seriedade enquanto sua mente o impedia de rir.

O enterro foi rápido, Rilian logo se esqueceu e foi beber chocolate quente enquanto assistia desenho na tv e Edmundo estava no escritório da casa quando sentiu braços rodearem sua cintura e beijos serem postos no seu pescoço.

- Eu sinto que deveria ter dito coisas mais bonitas - Caspian disse de repente.

- O que? No enterro da borboleta? - Edmundo perguntou abismado.

- Ainda é um ser vivo né? Não conhecia elas mas talvez era uma boa pessoa - Comentou Caspian meio triste.

Edmundo soltou uma gargalhada abismado - Agora entendi a quem Rilian puxou, dois bobos.

- Ei, você ama esses babos - Caspian puxou Edmundo e beijou seus lábios vermelhos e carnudos, um beijo intenso e sentimental porque beijar o seu marido é o que Caspian mais ama.

- Infelizmente sim - Suspirou fingindo desapontamento mas que não durou muito quando Caspian o abraçou e beijou de novo.

Casmund one-shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora