Capítulo 8

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William

Maite havia ficado muito esquisita quando dançamos e ela saiu praticamente correndo quando a música cessou, pensei ser apenas uma de suas paranoias, mas quando fui pegar uma taça de vinho vi o maldito Duque saindo de fininho para o mesmo lugar que minha esposa havia acabado de passar a alguns minutos atrás.
Virei o líquido de uma vez, e segui calmamente para o jardim. E a cena diante de mim me enjoou, eles estavam de sacanagem sem se preocupar com quem pudesse aparecer.

- O que está acontecendo aqui?

Rapidamente os dois se afastaram, e Maite correu até mim.

- Ele é louco, tentou me agarrar a força. - Disse desesperada, ou melhor, fingindo desespero.

- Pare de ser cínica, você também queria. - Respondeu o Duque sorrindo.

- Espero que a despedida tenha sido boa, porque foi a última. Amanhã cedo voltaremos para a Itália. - Falei impassível.

- O que? Não pode fazer isso comigo, minha vida é aqui em Londres. Juro que ele estava me pegando a força, William. Por favor, acredite em mim. - Pediu olhando dentro de meus olhos, e eu quase acreditei, mas eu conhecia muito bem Maite.

Nesse momento Collin já havia voltado para a festa, ficando apenas eu e ela ali. Provavelmente com medo do que eu poderia fazer.

- Que você é quase uma meretriz da alta sociedade eu já sabia, mas pensei que teria pelo menos o mínimo de decência no dia do nosso casamento. - Falei e já virei para sair dali sem esperar uma resposta.

Fiquei apenas mais um tempo na festa, depois comuniquei que minha esposa e eu estávamos de saída para nossa tão "sonhada" noite nupcial, porém era apenas uma desculpa para ir logo embora daquela festa infernal. O plano inicial era passarmos a noite em um hotel chique da cidade e depois seguiriamos viagem até minha casa de campo que ficava no interior, mas agora tudo mudou. Ainda passaríamos a noite no hotel, mas no dia seguinte iriamos embora para a Itália, voltaria para os braços de minhas amantes já que Maite não teve o mínimo de consideração por mim eu também não teria com ela.
Na carruagem nenhum de nós ousou dizer nada, ela apenas foi mirando os próprios pés durante todo caminho. Assim que chegamos eu já estava descendo quando ela segurou minha mão e me encarou.

- Irá se arrepender, William. Eu não fiz nada de errado. - E então ela desceu primeiro sem esperar que eu ou o cocheiro pudesse ajudá-la.

Quando desci ela já conversava com o homem da recepção e antes que eu pudesse chegar ela já saiu com uma chave em mãos.

- Boa noite, milorde. - Disse fazendo uma breve reverência.

- Boa noite, minha esposa foi para a suíte que reservei para nós?

- Não, ela pegou outro quarto no andar de baixo.

Suspirei exasperado, passar a noite de núpcias em quartos separados de um hotel era pedir para virar o assunto do momento.

- Claro, ela me disse sobre sua insegurança de dormir em andares mais altos. - Menti. - Tem alguma chave reserva? Afinal, precisarei visitar seus aposentos, depois que ela estiver preparada.

O homem me encarou com a sobrancelha levemente arqueada, não sei se ele caiu na conversa, mas mesmo assim me entregou duas chaves.

- Quarto 32 é o de sua senhora e o 106 é o que o senhor reservou.

- Obrigado. - Falei pegando as chaves de sua mão e seguindo escada acima.

Decidi tomar um banho para esfriar a cabeça antes de ir para o quarto de Maite, obviamente que eu não faria nada com ela, mas tinham empregados por toda a parte que ficariam de olho se eu consumei ou não casamento.
Eu parei em frente ao seu quarto e pensei se eu bateria na porta ou só entrava, optei pela segunda opção. E para minha surpresa a porta não estava trancada.
Ela estava com o corpo mergulhado na banheira, mas a água batia só até um pouco acima de sua cintura o que deixava seus seios totalmente expostos. O bico rígido parecia estar implorando para ser beijado e tocado, que ela tinha seios fartos eu já sabia pelos decotes de seus vestidos, mas assim totalmente descobertos eles pareciam ainda maiores, era uma tentação para meus sentidos.
Derrepente ela abriu os olhos que até então estavam fechados, pensei que faria uma cena por eu estar ali olhando sua semi nudez, mas ela não esboçou reação alguma e muito menos aparentou estar envergonhada como a maioria das mulheres ficariam, ou melhor, deveriam ficar.

- Daqui uns dez minutos pode sair, os criados pensaram que já consumou o casamento. - Disse.

- E se de fato eu quiser consuma-lo?

- Terá que fazer isso a força, depois lide com sua própria consciência de ter abusado de uma mulher. - Falou tranquilamente.

- Não é abuso se a mulher em questão for minha esposa. - Respondi nervoso.

- É o que dizem, mas ambos sabemos que não é verdade.

- E o sangue no lençol?

- Já tomei a devida providência.

Só então eu olhei para a cama ao lado onde uma pequena mancha de sangue repousava sob a seda branca. A encarei confuso, e então ela mostrou a palma da mão onde havia um corte superficial.

- Apenas te poupei de ter que se deitar com a meretriz da alta sociedade de Londres.

Eu ia responder, mas então ela simplesmente se levantou da banheira dando total visão de seu corpo.
Meu olhar foi descendo por suas curvas até chegar nos cachos castanhos entre suas pernas, e quando se virou para pegar a toalha sua bunda perfeitamente arredondada fez meu pau ficar ainda mais duro, se é que isso fosse possível.

- Acho que já deu tempo o suficiente, milorde. Faça o favor de se retirar dos meus aposentos agora. - Falou quando já estava devidamente enrolada na toalha.

- Quer que eu chame alguma empregada para ajudá-la se vestir?

- Não. Tenho braços, mãos e pernas, não preciso que alguém fique me vestindo como se eu fosse um bebê.

Eu só concordei com a cabeça e sai em seguida, como era de se esperar vi um empregado espiando pelo corredor, ele seria o responsável por levar a fofoca que tudo estava certo e que o casamento fora consumado.
Depois retornei para meu quarto, meu membro ainda estava dolorido e ereto, precisei me aliviar sozinho, e só quando atingi o orgasmo percebi que havia me tocado todo o momento pensando nela.

- Maldita seja! - Esbravejei enquanto meu sêmen era desejado no lençol e não dentro dela como eu desejava.

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