Capítulo 22

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William

Eu voltei frustrado, na delegacia eles apenas gaguejavam dizendo que não haviam descoberto nada. Decidi então contratar um investigador particular para ver se o mesmo conseguia fazer melhor o serviço daqueles bananas.
Com tudo isso cheguei em casa com o Sol já se pondo, a casa estava toda silenciosa. Subi para o andar de cima e bati na porta do quarto de Maite, como não obtive resposta abri a porta, o mesmo estava vazio. Segui para a janela que tinha vista para o jardim e lá embaixo vi Louise brincando e correndo enquanto era cuidada por uma das criadas.
Desci novamente, e estava indo ao encontro delas para ver se sabiam algo de minha esposa quando notei uma carta em cima da mesinha de centro da sala.
Conforme eu ia lendo o conteúdo eu sentia o chão se abrindo sob meus pés e ar começou a me faltar nos pulmões.
Derrepente eu já estava furioso e quebrando qualquer coisa que eu visse pela frente. Os criados formaram uma espécie de roda em volta de mim enquanto assistiam o "espetáculo" sem saber se interviam ou apenas deixavam eu terminar de quebrar a casa toda.

- William! Calma, o que houve?

Louise foi a primeira a ter coragem de se aproximar e quando ela abraçou minha cintura em uma tentativa de me tranquilizar eu me vi obrigado a retomar minha consciência e parar, pois não queria machucá-la.

- Ela foi embora, Louise. Partiu e ainda levou meu filho que carrega no ventre junto.

Ela me encarou confusa e depois agiu como se fosse uma adulta pedindo para todos sairem e nos darem um tempo a sós.

- Maite jamais te deixaria, eu vi o sofrimento no olhar dela quando esteve desacordado. Minha irmã te ama.

- E como você explica isso? - Perguntei enquanto lhe entregava a carta.

Ela leu e releu as letras do papel antes de enfim se pronunciar.

- Tem algo muito errado, primeiro são os traços de Maite, mas a letra dela é diferente, é como se ela tivesse escrito, mas com uma caligrafia totalmente diferente, talvez foi uma forma de ela deixar um sinal de que fora obrigada a escrevê-la. Segundo essa marca é de água, uma lágrima pingou sob esse papel. E terceiro, acha mesmo que se ela fosse embora assim me deixaria para trás?

Derrepente aquelas observações passaram a fazer sentido, e um medo percorreu sua espinha.

- Talvez a mesma pessoa que tenha atirado em você possa ter voltado para levar minha irmã, porque uma coisa eu tenho certeza, Maite pode ser meio biruta da cabeça, mas ela nunca seria imprudente de fugir quase parindo e ela te ama incondicionalmente, depois de tudo que ela fez por sua pessoa chega a ser uma ofensa você pensar que ela te abandonaria.

- Tem razão, me perdoe por ser um babaca. Te prometo que irei encontrar Maite, e trazê-la san e salva. E quem estiver envolvido nisso tudo se arrependerá amargamente de ter nascido. - Falei e sai novamente para comunicar a polícia e começarmos uma busca.

Prometida ao Visconde Onde histórias criam vida. Descubra agora