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Segure em mim.

Oi, oi, oi! Perdão pela demora, mas sinto que devo deixar avisado que vai acontecer alguns atrasos nas atualizações. Infelizmente os problemas da vida não param para que eu possa escrever com calma, mas como disse, e repito, a fanfic nunca será abandonada. Ainda mais agora na reta final.
Obrigada pelos comentários e favoritos, vocês são incríveis.
Qualquer coisa me procurem no tumblr @msbeneviento
Espero que gostem do capítulo e se preparem para o sofrimento <3
Até mais! Boa leitura!
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"Quando o melhor de mim mal está respirando
Quando eu não sou alguém em quem acredito
Me abrace
Quando eu perco a luz que a noite roubou
Quando eu estou batendo todas as portas que você abriu
Me abrace"

Você se sente sozinha de novo, mesmo com Daniela e Cassandra segurando o seu braço enquanto vocês caminham silenciosamente em direção ao castelo Dimitrescu. Vocês não conversam quando elas chegam na residência Beneviento. Vocês não conversam quando Donna entrega duas malas para Daniela e Cassandra. Tudo é muito silencioso, como se todas soubessem que estão andando em uma corda bamba prestes a ceder com todas em cima. E é exatamente assim que você se sente. Você observa tudo em silêncio, forçando ao máximo para não derramar as lágrimas que estava segurando ao ponto de quase te sufocar. Porque dói. Donna, escondida novamente pelo véu e o silêncio, age exatamente como você. Erguendo uma barreira na frente dela e não emite um som sequer. A casa inteira está silenciosa. Nem Angie estava falando algo, nem mesmo quando ela abraçou as suas pernas com força e um pouco de desespero antes de Cassandra te olhar de maneira deprimente e te levar para fora da casa.

E aqui estava você, sem ter a chance de se despedir, andando na floresta escura direto para o inferno que você tinha aprendido a se livrar aos poucos. Talvez você estava certa esse tempo todo, mesmo que você aceite uma parte de si, demônios ainda voltam para cobrar. 

Você não sabe o que é mais dolorido, toda a situação ou Donna simplesmente ter escolhido o silêncio e distância depois de dizer que você estava indo embora. Sem despedida, sem chance de implorar, de explicar algo que você ainda não sabia como. Porque você também estava com medo. Aproveitar cada segundo ao lado dela também foi sua chance de deixar seu amor com Donna, caso você fosse embora para sempre. Agora, mergulhada na escuridão e incerteza do futuro, o seu novo medo de ir embora como uma estranha para Donna estava mais presente que antes. Se Sophie conseguisse acabar com você, seus últimos segundos seriam lamentando por não ter passado o tempo que tinha ao lado da mulher que amava? Mas o que te resta agora? Para quem você deveria direcionar uma oração? Implorar para tudo ficar bem e encaminhar vocês duas para a luz novamente?

Pedir por um milagre agora parecia tolice.

Você pediu por um a vida toda.

"Sinto muito, Kieran." Robin diz, assim que abre a porta da mansão Dimitrescu para você e as irmãs entrarem. A segunda matriarca da mansão abre os braços e você se joga neles, chorando desesperada enquanto ela te segura com firmeza, como se pudesse te carregar para longe de tudo isso.

O seu choro ecoa por todos os cantos do castelo, sendo possível para todos ouvirem seus lamentos e a tristeza que estava escondendo. 

Lady Dimitrescu, que estava no andar de cima em uma ligação com Mãe Miranda, estremece com um grito dolorido que sai de você, antes que consiga esconder isso também.

"Kieran?" Miranda pergunta tensa do outro lado da linha. Alcina suspira cansada, imaginando a situação de Donna.

"Sim, mãe." Alcina confirma e apaga o cigarro que estava fumando. "Seria bom mandar Heisenberg para ficar de olho em Donna."