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Deixe-me só.

Demorei? Demorei. Mas voltei com 12 mil palavras, então aproveitem ;)
A oneshot da Miranda vai adiar, porque estou terminando de fazer o mapeamento da minha próxima fanfic, já que essa está na reta final e estou bem animada. Alguém conhece swanqueen por aqui? (Única dica)

Obrigada por todos comentários, vocês são uns doces. Cada um deles me arrancam um sorriso e me incentivam a continuar 🩷🧡
(Qualquer erro da atualização, vai ser tirado na revisão em inglês. Então, me perdoem se um passou batido)

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"Amor perigoso
Você não é bom para mim, querida
Sim, você me afasta
Como se eu estivesse implorando por um dólar
Perigo
Oh, está no jeito como você me abraça
Sinto arrepios por dentro
E nada me assusta, amor."

Os dias na casa de seus pais passam devagar e te deixavam com a inocência de pensar que o perigo nunca veria. Mas, você sabia que era apenas a sua mente tentando não te fazer surtar de ansiedade. A dor no fundo da sua cabeça era o suficiente para provar que Sophie estava por perto, então era hora de começar a fazer algo, para que sua família não corra risco mais uma vez por você estar por perto. Os dias eram os mesmos, você acorda, faz uma refeição que com certeza não é o suficiente para sua fome e conversa com sua mãe e sua irmã sobre a vida e tudo o que perderam da outra. Donna não faz mais conexão nos últimos dias e a boneca fica imóvel, sem sequer olhar na sua direção, o que te preocupa, mas ao mesmo tempo, te deixa sem saber o que fazer.
Para a sua surpresa, ao retornar para casa após ajudar o seu pai a pegar um pouco de lenha, a boneca, agora em seu quarto, caminhava de um lado para o outro, visivelmente agitada, enquanto esfregava as mãos contra as roupas.
Você se despede da sua mãe e sua irmã, enquanto elas saem para o mercado e tranca a porta do quarto. Você se agacha na frente de Luna e segura a mão da boneca, fazendo-a suspirar assustada e depois relaxar ao perceber que era você.

"Luna… Donna está bem? Estão todos bem?" Você pergunta um pouco desesperada e ela fica em silêncio, olhando para a parede atrás de você. Ela respira fundo e escreve rapidamente em um bloco de notas abandonado em cima da cama.

"Sim." Ela confirma no papel e você suspira de alívio. A boneca olha para o lado, enquanto você lê a frase abaixo. "Ela matou uma pessoa. Miranda matou duas. Eles procuravam você."

A frase te pega de surpresa e a boneca parece com receio da sua reação. Rapidamente, você a olha com ternura e sabe que a reação dela provavelmente é espelhada por Donna, que ficaria com medo da sua reação ao saber o que ela fez. Você não tem medo dela e nunca teria.

"Alguém ligado à Sophie?" Luna apenas assente. "Ela fez o que tinha que fazer."

Mais uma vez, a resposta é um aceno com a cabeça.

"Avise Donna para me procurar se mais deles aparecerem e eu retornarei o mais rápido possível."

Depois disso, dois dias se passam e você sente uma dor de cabeça infernal ao longo dos dias. Passar um tempo com os seus pais deixa tudo parecer mais calmo e longe do perigo, mas você estava começando a se sentir frustrada com a sensação falsa de calmaria. Esperar por muito tempo não era bom, o que significava que você tinha que agir o quanto antes para dar um passo a mais que Sophie para ter alguma vantagem.
E deus, ficar longe de Donna e de toda a família era insuportável, você sentia falta de todos. A conexão com Donna diminuiu nesses dois dias e você se preocupa dia e noite com o estado dela após ter matado alguém depois de tanto tempo e só pode esperar que tudo esteja bem. Você torce por isso.
Nesses dias, a coisa que mais te aflige é a preocupação e a fome. Dias sem se alimentar direito, sua última refeição sendo um copo de sangue que você dividiu com Cassandra um dia antes da sua partida. Você pensou em sair para caçar na floresta, mas lá não era um lugar seguro por agora, ainda mais com Sophie podendo estar perto. Tudo o que você tinha era pequenos pedaços de carne crua congelada na casa dos seus pais e apenas isso. Não era o mesmo que comer carne fresca ou se alimentar de sangue. Você nunca tinha detestado a comida de sua mãe antes, mas agora você não era a maior fã.