13 - Nikolai

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Irina, mesmo com aquelas roupas horríveis emprestadas de uma das empregadas, estava gostosa. Principalmente quando ela estava deitada com aquela bunda linda, no ar.

Eu pretendia brincar com ela, apenas, mas quando deu a primeira palmada e ela, apesar do claro susto, soltou um gemidinho, eu não aguentei. Dei outra, um pouco mais forte. Ela se empinou ainda mais.

— A putinha gosta disso? — Eu perguntei e dei mais uma. Irina esfregou uma perna na outra — Porra, Irina!

Eu a deitei na cama, ficando por cima.

— O que... O que é isso? S-sai de cima de mim! – Ela gaguejou, mas eu conseguia sentir a excitação dela. Ela gostava de brutalidade.

— Você é uma gostosa atiçadora, sabia disso? Fica me instigando — Eu falei a puxei mais para a beira da cama, enrolando as pernas dela nos meus quadris.

— Por favor, para com isso — Ela pediu e eu senti que o tesão dela estava se convertendo em medo. A soltei com cuidado e Irina se moveu para a cabeceira da cama, fechando as pernas.

— Achei que estivesse gostando.

— Não — Ela respondeu em uma voz fina e eu franzi a sobrancelha.

— Ok... Eu ... vou pedir que te tragam algo pra comer e comprem os seus remédios. Eu...

Eu me virei e saí. Foi como se ela tivesse mudado da água pro vinho, ou melhor, pro vinagre. Do nada, ela estava toda safadinha, então, ficou tensa.

No banho, eu admito que me toquei pensando nela. Eu não fazia isso há muito anos! Sempre tinha uma mulher para me aliviar e depois, Svetlana não se negava nunca.

Falando nela... Ela com certeza ficaria com raiva por Irina estar em um dos quartos de hóspede. Não era o meu plano, mas ela estava machucada, por minha culpa. Eu mandaria preparar um quarto na ala os empregados, mas eu seria bondoso aquela noite e a deixaria onde ela estava.

Eu não namorada Svetlana, e ela sabia daquilo, porém, às vezes eu via que ela ficava irritadiça quando outra mulher se aproximava. Eu nunca dei muita importância porque ela nunca me pediu nada, diretamente e, apesar de não ficar satisfeita, ela não criava nenhuma situação que me desagradasse.

A noite foi uma droga. Eu não tirava a imagem de Irina deitada na minha cama. Aquela ruivinha diabinha.

Eu nem sei que horas eu fui dormir, mas acordei com o meu celular tocando loucamente. Eram sete da manhã, pelo amor! E no ID, Svetlana.

— Espero que tenha um bom motivo pra me ligar a essa hora! – Eu rosnei ao telefone, ainda grogue de sono.

— Niko, querido. Você disse que eu deveria te ligar cedo, para vermos os preparativos quanto ao teatro, hoje à noite — Ela falou num tom que não demonstrou irritação alguma.

Eu tinha esquecido a merda do compromisso de hoje de noite. Não, eu esqueci que eu teria que ir com Svetlana.

— Hmm... Certo. Eu vou tomar um banho e depois passo pra te pegar.

— Eu já estou aqui no andar de baixo, meu bem.

Eu odiava que chegassem na minha casa de surpresa, mas como eu tinha marcado de me encontrar cedo com ela, deixei passar.

— Certo... Já, já eu desço. Desliguei o telefone e fui pro banho.

Ao descer, Svetlana estava à mesa, me esperando.

— Bom dia, Niko! — Ela abriu um imenso sorriso.

Eu achava Svetlana uma mulher lindíssima, mas algo estava diferente naquele dia. Ela parecia meio... apagada.

— Bom dia.

O sorriso de Svetlana foi murchando quando ela viu algo atrás de mim. Eu me virei e, claro, Irina.

— Bom dia — Ela falou com uma voz baixa e olhou para mim e para Svetlana – Ah...

— O que você fazia lá em cima? – Svetlana perguntou, levantando-se da cadeira.

— Ela vai trabalhar aqui, Svetlana — Eu respondi e me sentei. Mas Svetlana não se sentou.

— Ela vai trabalhar na sua cama? — Svetlana perguntou com um tom malicioso. Eu bem queria ter passado a noite com Irina na minha cama, mas não foi o caso, infelizmente.

— O que você está insinuando? — Irina perguntou, como eu já imaginava.

— Querido, não precisa ficar com medo de me chamar durante a noite. Não há motivos para chamar uma puta qualquer.

Eu não tive nem tempo de responder, pois Irina chegou em Svetlana mais rápido do que um relâmpago e o som da bofetada encheu a sala de jantar. 

Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora