16 - Irina

289 17 0
                                    


Depois que Nikolai saiu para a cozinha, eu suspirei fundo. Eu tinha mesmo batido na loira aguada? Não que ela não tenha merecido, mas... Realmente, da forma como outros poderiam ver, eu estava brigando por Nikolai, o que não era verdade.

Sim, ele era lindo, eu não sou cega e nem hipócrita. Mas agora, brigar por homem? Nem se ele fosse meu marido! Eu me entenderia com ele e não com a amante. A não ser que ela me ofendesse, como Svetlana fez.

Eu estava distraída, pensando na droga da vida, quando fui tentar descer da mesa e acabei esbarrando em alguma coisa, que eu nem vi. Mas seja lá o que foi, caiu no tapete.

O maldito tapete era todo felpudo! Lindo, macio, um sonho. Até você deixar cair alguma coisa e ficar que nem otária procurando. Meu pulso estava dolorido e eu não podia me apiar nele para procurar nada, mas eu me abaixei e fiquei quase que de quatro, apoiada nos cotovelos.

Então, senti um tapa estalado no meu bumbum e fui puxada para trás. Não pude deixar de soltar um grito, principalmente quando minha cintura foi apertada.

— Porra, Irina! Você tá fazendo de propósito, não tá? — Nikolai perguntou, como se fosse um animal — Deixa eu te provar?

— O que... Não! — Eu tentei me levantar, mas sem o apoio da mão e com ele me segurando daquele jeito, ficava difícil — Nikolai, eu quero levantar.

Ele rosnou e me levantou como se eu não pesasse nada. Bom, provavelmente pra ele, eu não pesasse, mesmo.

Eu me vi com o peito colado em Nikolai, as mãos dele ao redor da minha cintura e... A "arma" dele, que eu já sabia do que se tratava, estava pressionando a minha barriga. Olhei para cima e vi os olhos dele, com a íris dilatada.

— Você é uma tentação — Ele falou baixinho e eu vi como os olhos dele exprimiam uma certa... dor? O que diabos? Ele ficou ainda mais perto de mim, se é que era possível e gemeu. Não... eu gemi. Eu gemi com ele — Irina... Me deixa...

— Como? — E perguntei e engoli em seco — Como você quer me provar?

Os olhos dele brilharam.

— Chupar você. Sentir o seu gosto, fazer você gozar na minha boca.

Eu... Eu não sabia nem o que responder. Nikolai era um puto de um devasso. E o pior de tudo? Eu achava ele sexy demais. Perigoso, mas eu não sei o que ele fazia que me deixava aberta a ele.

— Eu preciso de remédio. E de banho.

— O remédio vai chegar daqui a pouco e... Banho eu posso dar em você.

— Não! Você não pode! — Eu falei descrente e coloquei a mão no peito dele. Uma das mãos, já que não podia usar a outra — Nós não...

— Vai te fazer esquecer essa dor — Ele se inclinou e enfiou o nariz no meu pescoço. Maldito! — Vai ser gostoso. Eu prometo a você.

Eu estava tentada a deixar, mas lembrei de Svetlana e das palavras dela. Se eu deixasse Nikolai fazer aquilo, logo eu estaria, de fato, dormindo com ele. Como uma puta.

— Senhor? — Uma voz masculina falou e eu senti Nikolai tensionando. Ele se ergueu e olhou para o lado. Eu tinha visto aquele homem, mas não lembrava de onde.

Ele carregava na mão uma pequena sacola de papel.

— Os remédios que o senhor pediu.

Nikolai resmungou algo que eu não compreendi e então, ele me soltou pegou o pacote das mãos do homem.

— Obrigado, Andrey — O homem deu um breve aceno e se retirou. Nikolai olhou para mim e estendeu a mão dele — Vem, eu vou cuidar de você.

Droga, por que o meu coração disparou daquele jeito?

Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora