— Você não vai conseguir se lavar sozinha. E não tem ninguém disponível para te ajudar no banho — Eu falei e eu vi o rosto dela corando até o pescoço. Era lindo de ver.
— Eu dou o meu jeito, obrigada — Ela falou, não olhando para mim.
— Vai ficar sem lavar metade do seu corpo, princesa? — Eu perguntei com um sorriso que eu já sabia que a deixava ainda mais sem graça.
— Nikolai, por favor... — Ela pediu e olhou para baixo. Por algum motivo eu resolvi parar de perturbá-la.
— Eu prometo que não vou fazer mais do que ajudar você, Irina. Eu não vou nunca te forçar a fazer nada e nem tocar em você. Pela minha honra, Irina.
Eu não sabia se ela entendia o que eu estava falando. Quando um mafioso jura pela honra, ele está sendo mais do que sincero. Jurar pela honra e quebrar a promessa deliberadamente é como trair o próprio juramento e, no nosso meio, significa que o homem não merece viver.
Irina engoliu com dificuldade, provavelmente em seco, e fez um leve aceno com a cabeça.
Pelo que pesquisei a respeito da bela ruiva à minha frente, ela não tinha envolvimento com a máfia, mas o pai dela, mesmo que tenha se afastado, vinha de uma família que com negócios com os nossos homens. Por isso ele sabia quem eu era e como me achar, quando precisou do favor.
Eu só aceitei falar com ele e ouvir a proposta porque o pai dele foi de muita serventia para nós. Mas o fracote do Yuri resolveu fugir para a Espanha, e pra quê? No fim, voltou com o rabo entre as pernas para pedir ajuda.
Mas Irina... Ela era filha de uma mulher que amava música e passou isso para a filha. Eu gostaria de ouvir Irina tocando e, se ela se sentisse bem o suficiente para isso, eu pediria a ela.
Eu me aproximei de Irina e a ajudei a tirar a roupa, percebendo que ela estava mais do que envergonhada, mas, eu fui um cavalheiro, não encostando nela mais do que deveria. Ela era uma mulher linda. Não... Eu diria que Irina era perfeita.
O banho foi silencioso, exceto pelo som da água ou quando eu precisava pedir que ela mexesse o braço ou coisa do tipo. Irina evitou os meus olhos a todo custo. Quando precisei lavar a parte do corpo que ela não conseguiria, passando a mão pelo seio dela, Irina mordeu o lábio e eu percebi pelo mamilo que ela não estava achando repulsivo. Eu sorri internamente, mas não comentei nada e nem tomei a liberdade de apertar entre meus dedos aquela delícia.
— Poderia, por favor, se virar? Eu vou lavar as minhas partes íntimas.
— Claro — Eu falei, de maneira séria, e fiz como ela pediu.
Ouvir os movimentos de Irina era a porra de uma tortura! Eu estava apenas de cueca, afinal, eu não iria molhar a minha roupa toda, não é mesmo? Lembrar em como Irina esquadrinhou o meu corpo me fez sentir uma satisfação imensa. Ela gostou do que viu, eu tenho certeza.
— Acabei — Ela falou e estava de costas quando eu me virei para ela.
Eu peguei uma toalha para ela e fomos para o quarto. Eu enxuguei onde ela não poderia e também os cabelos dela. Aqueles cabelos que mais pareciam fogo. Como o fogo que estava queimando dentro de mim.
Um leve toque na porta indicava a presença de alguém do lado de fora.
— Espere aqui — Eu falei para Irina e fui ver quem era — Andrey. O que houve?
— Senhor, Serguei Barkov e dois dos capangas dele estão no galpão.
Ao ouvir aquilo, um sorriso se instalou em meus lábios. Aqueles bastasdos!
— Eu já vou — Andrey concordou com a cabeça e se retirou. Eu fui até Irina , a ajudei a se vestir e peguei as minhas roupas.
— Onde vai? — Ela perguntou e eu me virei, incrédulo. Por qual motivo ela iria querer saber para onde eu ia?
— Coisas do trabalho — Eu respondi com uma certa irritação. Eu odiava ser questionado daquela forma.
— Ah... Hmm... Fique bem.
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Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO
RomansaConteúdo para maiores de 18 anos! Irina Karev vive seu sonho: aos anos, estuda música, sua grande paixão. Porém, tudo vai mudar do dia para a noite, quando ela acordar em um local estranho. "- Entra aí! O seu dono por essa noite tá te esperando!" ...