Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO

8 - Nikolai

Ela bateu o pé de leve, em indignação e eu tive que rir.

— Vá cobrar de quem te deve! Não sou mercadoria para ser dada em pagamento, seu cretino!

Ela estava vermelha de raiva e eu enfiei a mão nos cabelos dela, segurando bem perto do couro cabeludo, na parte de trás e a fiz ficar paradinha, me olhando. Aproximei o rosto do dela com a intenção de intimidá-la, mas diabos! Ela... Wla estava me olhando como uma vagabunda!

— Você parece uma putinh@, sabia disso, Irina? Uma vadiazinh@ que eu poderia tomar a hora que eu quisesse — Passei o dedo pelo pescoço dela e a vi fechar os olhos e estremecer — Você se entregaria toda a mim, não é?

Eu a soltei e ela acabou caindo no chão. Não foi a minha intenção, mas eu também não a ajudaria a se levantar.

— Seu bruto! Eu nunca vou me entregar a você! Nunca!

— Isso é um desafio? — Diga que é, Irina. Eu adoro um desafio!

— Vá pro inferno!

Eu ri com isso. Não, eu gargalhei, até meus olhos lacrimejarem!

— Lindeza, sabe como me chamam? — eu estava me aproximando de novo e ela tinha acabado de se levantar. Porém dessa vez, ela não se afastou. Continuou parada, me encarando – Diabo. É assim que me chamam. Um lobo vindo do inferno.

Os lábios dela tremeram, mas ela não abaixou a cabeça, pelo contrário! Ela levantou ainda mais o queixo, como que me desafiando. Se fosse outra mulher, eu sei que não perdoaria. No mínimo levaria uma sacudida - eu sei do meu tamanho e força. Eu não bateria numa mulher assim.

"Controle-se, homem!", eu disse a mim mesmo. Eu jamais perdi o controle e não começaria naquele momento.

— Eu não estou nem aí! — ela inspirou profundamente — Eu não quero desrespeitá-lo, mas como eu posso aceitar isso? É injusto!

Ela tinha medo de mim, afinal de contas. Por isso, mais uma vez, disse que não queria me desrespeitar. Mas mesmo com medo, ela tinha coragem.

— Irina, injusto é eu ficar no prejuízo! Meus serviços foram contratados e você era o plano B. Não recebi o meu dinheiro de um jeito, agora, preciso receber de outro.

— Quem foi que te contratou? Vamos, diga! — Ela exigiu. Agora, seria o momento em que ela choraria.

— O seu pai — Eu respondi e vi a confusão no rosto dela, como ela sugou o ar e o prendeu. Depois, a cor do rosto dela sumiu. Os olhos ficaram lânguidos e era óbvio o que estava acontecendo.