15 - Nikolai

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Eu fiquei chocado com a bofetada, eu tenho que admitir. Irina era sim, atrevida, mas eu não achei que ela atacaria uma outra mulher como ela fez com Svetlana. Bom, essa mereceu.

Irina não era a minha puta, não do jeito que Svetlana falou. A espano-russa delciosa não era prostituta, mas eu adoraria que ela fosse a minha puta. Só minha. Minha.

Eu despertei do meu estado de espanto e segurei Irina antes que ela acertasse o rosto de Svetlana uma segunda vez. A cara da loira foi impagável.

Eu sabia que Irina não estava brigando com Svetlana por mim, mas essa outra estava, sim. Apesar de nunca ter prometido nada a Svetlana, ela era a mulher que mais ficou ao meu lado, ainda que não com um status de namorada ou coisa do tipo. E, pelo visto, ela estava tentando se manter na posição dela. Ela nunca dormiu ali, mas Irina, sim.

— Por você? Ficou louco? Não! E quer saber? A culpa é sua! Deixou que aquela quenga dos infernos me chamasse de puta, Nikolai!

Era tão bom provocar Irina. A forma como ela ficava toda vermelha... Uma delícia. Eu não resisti e a beijei, após segurá-la pelos cabelos. E ela correspondeu em segundos.

Eu a sentei na mesa e fiquei no meio das pernas dela, mas Irina colocou a mão no meu peito, respirando com dificuldade.

— Nikolai... — Ela falou, como que implorando para que eu parasse.

Porra... Mulher difícil! Mas isso fazia tudo mais interessante.

Passei meu polegar pela bochecha dela e pelos lábios de Irina, que me olhou, como que hipnotizada.

— Muito bem... – Eu falei e olhei para o pulso enfaixado dela — Está melhor?

Ela negou com a cabeça e e franzi a testa.

— Os remédios não ajudaram em nada?

— Hmm... Então, na verdade eu desci porque não recebi remédio algum. E estava doendo...

Ela parecia sem jeito, mas eu vi vermelho. Como assim não deram os remédios dela?

— Fique aí, eu já volto! — Eu falei um pouco mais ríspido do que eu gostaria. Pelo menos com ela. Mas fui para a cozinha.

— Bom dia, senhor — Faina falou, virando-se para mim.

— Faina, por que os remédios de Irina não foram dados a ela? – Eu perguntei, tentando manter a educação. Faina trabalhava com há muito tempo na casa e eu a respeitava.

Ela fez uma cara de espanto.

— Remédios? Quais remédios, senhor? — Ela me perguntou e eu respirei fundo.

— Os remédios que eu pedi que comprassem para Irina! Os que estavam discriminados na receita passada pelo médico, Faina!

— Mas senhor, o senhor não me repassou nada. E nem ninguém.

Ah, porra... Eu peguei o meu celular. Não, a mensagem não tinha ido! Eu estava tão desnorteado com a forma como sai do quarto de Irina que eu acabei não verificando se Andrey havia ou não recebido a caralha da mensagem.

— Certo, foi erro meu. Ah, Faina, por favor, providencie esses remédios que eu vou mandar pro seu celular. E desculpe.

Eu me retirei e voltei para a sala. Irina estava ajoelhada, de quatro. Eu sinceramente não conseguia nem imaginar o motivo de ela estar assim, eu só conseguia ver que ela estava ajoelhada. de. quatro. 

Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora