O Ataque Ao Príncipe Iero

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Só vim aqui comentar que esse é um dos meus capítulos favoritos até agr :3 boa leitura!!!!

~Blue <3

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Frank não conseguia parar de pensar em Gerard.

A sua intenção no dia anterior, depois de sair da biblioteca, era confrontar Mikey sobre todo o assunto de "irmão mais velho abandonado", mas ele não imaginou que acabaria caindo na cama e dormindo até o dia seguinte logo depois de comer e se banhar. Todavia, era algo de se esperar, considerando que todos os acontecimentos recentes haviam esgotado toda a sua energia.

Quando Frank acordou, ele já se viu pensando no rapaz de olhos verdes. Pensava em seu sorriso atraente, sua risada gostosa e toda a sensualidade que ele parecia exalar naturalmente. Se aquilo não era uma paixonite, então ele não sabia o que mais poderia ser. Para falar a verdade, Iero poderia começar a flertar descaradamente com Gerard, se não fosse pelo fato de que ele estava bem comprometido. Tão comprometido que até tinha um anel em algum dos bolsos de sua calça — escondido, porque ele se recusava a usar a jóia no dia a dia. No momento, agradecia por esse hábito, porque isso lhe poupou de ter quaisquer chances de dormir com o artista arruinadas. Não que ele achasse que tivesse uma, porque Gerard não parecia ter ido muito com a sua cara.

A agitação em seu peito não permitiu que Frank voltasse a dormir, então ele decidiu se levantar, colocar uma roupa — emprestada pelos funcionários da fazenda, uma vez que ele não havia trazido nada consigo — e ir fazer seu desjejum. Por mais que ainda fossem sete da manhã, não foi surpresa para ele encontrar Mikey sentado à mesa da cozinha, tomando café e olhando para o nada com uma cara perdida. Ele com certeza estaria lendo um jornal se estivesse no palácio, mas, como ele estava praticamente no meio do nada, era bem improvável que houvesse algum por ali. A cidade mais próxima não era perto o suficiente para ir a pé sem quase morrer de tanto andar, então não seria estranho se todos ali estivessem completamente desatualizados sobre… Bem, tudo.

Por um tempo, os dois ficaram em silêncio. Frank se sentou à mesa murmurando um bom dia que foi respondido em um murmúrio, colocou café em seu copo, passou manteiga no pão e começou a comer. Sentia seu estômago se revirar pela aflição que sentia e, por isso, não demorou muito para que ele desistisse de comer, suspirando e largando o pão mordido em cima do prato. Mikey, notando a angústia do amigo, arqueou as sobrancelhas em sua direção, mas não perguntou nada.

— Você tem um irmão. — Frank disparou de uma vez, desinteressado em papo furado. — Você tem um irmão e ele não está morto.

Qualquer outra pessoa iria arregalar os olhos em uma hora como essa. Afinal, como não se surpreender com o fato de que seu amigo descobriu o segredo que você guardou durante tanto tempo?! Seria normal empalidecer e gaguejar, procurando alguma desculpa esfarrapada que nunca viria. Mas Mikey não era como os outros, o que, para falar a verdade, e do ponto de vista de Frank, era bem irritante, e tudo o que ele fez ao ouvir isso foi arquear as sobrancelhas mais uma vez. Mantendo o semblante neutro no rosto, afirmou:

— Tenho, sim.

— Você me disse que ele tinha morrido.

— Eu não disse isso — ele argumentou. — Meus pais disseram.

— E você não desmentiu!

— Óbvio que não. Você tem ideia do quão afetada a minha família seria se descobrissem que o primogênito do patriarca é um urubu? Sem falar que, na época, eu nem tinha noção do que estava acontecendo. Meus pais só me disseram que o meu irmão "estava em um lugar melhor", e eu não perguntei mais nada. Só fiquei sabendo do que realmente aconteceu aos doze anos.

Between Vultures And Flames || {frerard}Onde histórias criam vida. Descubra agora