Para Sempre Sua (Completo)

Capitulo 20

Guilherme

- Meu filho preciso ficar sozinha.

Minha mãe pede parada em frente a porta do seu quarto.

- Tem certeza?

- Sim.

Ela entra e fecha porta, eu fico um tempo ali, em pé, e posso ouvir seu choro.

- Gui? - Alex me chama, eu olho e ela fala. - Deixe-a Gui, ela precisa ficar só.

- Eu sei mas...

- Nos também precisamos desse tempo, agora meu irmão não e hora de ficar julgando ninguém.

- Eu sei.

- Então vamos nos recolher e pedir pela alma do nosso pai, para que ele possa descansar em paz.

Concordo com minha irma e sigo para meu quarto. Ha dois dias atras quando recebi a noticia que meu pai havia falecido, fiquei em choque, e triste e, mas depois pensando em tudo vi que assim foi melhor. Eu e Alex conversamos e decidimos não contar nada sobre a traição do meu pai, ela já esta sofrendo tanto com a morte dele, e não queremos que ela sofra mais.

O apoio que Khloe deu para minha família, foi, sem palavras. Ela apareceu na hora certa, no momento certo. E poder ter me jogado em seus bracos nesse momento difícil foi muito bom. Ela cuidou quase de tudo, assim que o corpo do meu pai chegou em NY foi direto para o IML, onde eu e minha irma fizemos o reconhecimento. Depois de tudo rapidamente pronto seguimos para o velório, devido a gravidade do acidente o caixão teve que ser lacrado. No velório para minha surpresa só o pai de Cléo compareceu, ele mal falou comigo, eu também não faço questão alguma. Vi sua expressão de raiva ao ver Khloe ao meu lado. Foram vinte e quatro horas de velório, e hoje pela manha foi o enterro, não dormi nada minha cabeça esta a ponto de explodir. Tomo uma ducha rápida e me deito, sinto algo estranho como se alguém me observasse. Mas o sono e mais forte e adormeço.

Sonho acordado

- Filho? Meu filho?

Ainda com meu olhos fechados e mesmo que tenta-se os abrir seria impossível, não consigo me mexer e por mais forca que eu faça e em vão. Escuto um sussurro em meu ouvido e sem mover meu lábios o respondo em pensamento.

- Pai?

- Sim, meu filho só quero seu perdão, preciso do seu perdão.

- Não e para mim que você deve pedir perdão.

- Sim meu filho, devo pedir perdão a vocês três. Pois cobrei muito de você, a ponto de influenciar no seu futuro e na sua felicidade. Devo perdão a sua irma, por não ter sido pai que ela tanto queria. E a mais importante, sua mãe, por não ter dado o valor e atenção que ela tanto merecia, pois ela sempre cuidou de mim e fez coisas que eu não merecia.

- De que adianta se arrepender agora?

- Não posso mudar nada do que fiz, mas me arrependi de verdade e preciso disso para poder ir em paz.

- Pai, eu o amo, e perdoou o senhor.

- Obrigado meu filho.

Acordando do sonho

Sinto sua presença desaparecer e as lagrimas escorem pelo meu rosto, em meio a minha angustia e soluços sinto a paz de repente, e mãos macias tocarem meu rosto. Finalmente consigo abrir meus olhos que de imediato foram de encontro com os olhos dela, minha vida, meu mundo e meu porto seguro, minha doida.

- Como você esta? - Sua voz invade meu interior me fazendo relaxar.

- Agora estou bem.

A puxo para meus bracos a fazendo deitar ao meu lado.

- Quero ficar assim para sempre. - Digo.

- Eu também.

- Eu te a...

Antes que eu consiga finalizar a frase escuto gritos vindo do corredor, e antes que eu pudesse me levantar ela invade meu quarto aos gritos.

- Guilherme! - Ela para arregalando os olhos ao ver Khloe. - Olha, vejo que temos visita. - Fala com seu tom de deboche.

Khloe se levanta sem graça diz - Acho que devo ir.

- Não querida você fica!, pois o que tenho a dizer também e do seu interesse.

- Não entendo? - Fala confusa.

- Não? Pois vou falar logo... EU ESTOU GRAVIDA!

Khloe

Cada letra que sai da boca da Cléo entrou em meu peito como se fosse facadas, sinto ódio, raiva e a decepção é maior que qualquer outro sentimento que eu possa sentir por ele. Meus olhos se enchem de lágrimas, olhe para guilherme, que está com uma expressão de total espanto. Mas foda se, ela está grávida e é dele.

- Você enlouqueceu? - Guilherme grita.

- Gui, meu amor, sem escândalo - fala com toda a calma do mundo. - você melhor do que ninguém deveria saber que esse filho é seu.

- Tenho minhas dúvidas.

- Pois não deveria já que você pouco antes de colocar seus pés em NY me pegou gostoso, e gozou dentro de mim.

Esse é o meu limite, já escutei demais. olho para ele que está com uma expressão triste, posso estar enganada, mas acho que vi seus olhos marejados.

A tal Cléo não para de falar, mas eu guilherme estamos em outro mundo como se pudéssemos escutar os pensamentos um do outro. As lágrimas escorrem pelo meu rosto e em um impulso nós dois nos beijamos. Nosso beijo se mistura com as lágrimas, deixando assim um sabor de saudade. Um beijo com sabor de despedida.

Depois de longos segundos nos afastamos e por fim a voz irritante de Cléo invadi meus ouvidos. Sem falar nada sigo até a porta, Guilherme só me olha, não o julgo, pois nós dois sabemos o que é certo. Ele deve ficar com ela, pois a criança não tem culpa e crescer longe do pai com uma mãe louca como essa, seria horrível. Ando devagar até meu carro que está estacionado do outro lado da rua, dou a partida e depois de 10 minutos paro no acostamento da principal avenida.

Um filme passa por minha cabeça e a cada lembrança que me recordo faz com que as lágrimas saiam por meus olhos como cachoeira.

Ele é o homem da minha vida

O ser que me completa

O homem que me preenche por completo

Porquê? porque não podemos ficar juntos?

Porque não podemos ter nossa família, casa e filhos?

O que eu fiz?

Quando fecho minha boca me assusto com um carro que passa um centímetro do meu em alta velocidade. Enxugou minhas lágrimas e quando vou dar a partida no carro escuto a forte batida, vejo um carro preto capotar várias vezes. Coloco minhas mãos em minha boca assustada, sinto um forte aperto no meu coração, meu estômago dói. Saio do carro devagar, já tem muitas pessoas em volta do carro. Mas algo me puxa para lá, não escuto nada ao meu redor. Vou passando pelas pessoas sem me importar se elas vão ficar bravas pelo fato de ás puxar para abrir caminho. E quando finalmente chego perto do carro, ele está lá.