Capítulo 04 - Ficaremos juntos na árvore cheia de borboletas cor de rosa

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Ela está com muito azar esses tempos, um unicórnio, caçadores e agora levada para algum lugar desconhecido, não era assim que imaginaria sua vida quando olhava para aqueles cinco ovos no seu ninho, esperando ansiosamente que eles saíssem logo para conseguir vê-los e agarrar cada um deles.
Seu corpo dói tanto que até mesmo para respirar causava dor em suas costas e costelas, suas patas ainda têm a dormência e seus braços ou o único deles agora, está com arranhões por todo seu comprimento. Realmente uma grande onda de azar para ela.

Mas não poderia ficar apenas se lamentando, tinha que encontrá-los e ver se estavam bem, mas talvez eles não tenham vindo e ficarão lá sendo pego e levados para algum lugar longínquo e desconhecido, balançando sua cabeça tirou aquele pensamentos da cabeça, pensar nisso não ajudaria em nada agora.
Então Theriy levanta seu corpo rápido, e estando sem seu equilíbrio por conta do braço, junto do corpo cheio de ferimentos abertos com um cansaço sem fim se desequilibrou, na verdade rolou, por toda a grama no chão se sujando enquanto abria todos os machucados gravados em seu corpo, mas nada a se dizer que é grave, foi apenas uma queimação, precisava descansar e ficaria totalmente bem depois. Se levantando e chacoalhando tudo que ficou preso nela, finalmente olha em volta para ver onde está.

E uma planície, o local que ela rolou foi o topo de um pequeno morrinho que tem uma grande árvore com folhas cor de rosa e flores vermelhas em formato de borboletas de variados tamanhos, ela e a maior que tem ali tampando totalmente o morro com uma enorme sombra, o resto e normal com algumas outras árvores longe uma das outras sendo do mesmo formato da grande, e a grama e alta, muito alta, chegando à metade das patas de Theriy e com o vento faziam um efeito estranho mais calmante de cascata. Ao longe, ela conseguia ver algumas Prasos pulando em meio a essa onda, com seus pelos verdes refletindo no Sol que estava começando a se pôr.

Não tendo tempo de observar a beleza do local, ela começa a procurar, e indo primeiramente aonde ela havia rolado para baixo, subiu na árvore do local e já começou a escutar coisas, o piado de um pássaro e algo pulando, fazendo os galhos chacoalharem, as folhas caindo como borboletas batendo as asas. Empurrando um pouco as folhas ela viu um de seus filhotes, que com um pulo certeiro conseguiu pegar o passarinho agitado em suas mãos.

Theriy viu que era Akanthan, e ele a viu também, sem pensar duas vezes ela já foi na direção dele, se equilibrando no galho, esticou sua garra e finalmente conseguiu um de seus filhos em seus braços novamente. Ela o checou, olhando seu corpo por inteiro, procurando qualquer arranhão que ele possa ter conseguido em toda aquela movimentação de antes.

— Está sentindo alguma coisa? — Perguntou ela, não tem nenhum arranhão de fora, mas por dentro sempre pode ter algum — Sentiu alguma coisa antes? Você precisa de alguma coisa?

Akanthan apenas olha um pouco desesperado, são muitas perguntas ao mesmo tempo e ele nem consegui falar ainda, usando seu único meu de comunicação agora ele apenas balança a cabeça para os lados e espera ela se acalmar.

Theriy faz mais algumas perguntas, mas seu filhote nega tudo sobre qualquer ferimento que ele possa ter, balançando tanto sua cabeça que acaba ficando zonzo e deixando o passarinho que ele estava carregando cair, bater no galho, escorregar dali e se esborrachar no chão. Ele arregala os olhos vendo sua caçada ir embora desse jeito, mas Theriy o promete que irá com ele caçar outro pássaro depois.

— Sabe onde está suas irmãs? — Pergunta ela, enquanto coloca Akanthan em seu ombro.

O filhote aponta para o topo da árvore, faz sentido todos ficarem juntos, se separar traria mais problemas, e também esse lugar um bom canto para se esconder. Enquanto escala, bem mais devagar que normalmente faria, sente ele passando a mão por um de seus arranhões bem em seu ombro, que havia conseguido enquanto rolava moro abaixo.

Como cuidar de cinco filhotes de Rei Demônio??Onde histórias criam vida. Descubra agora