Capítulo 13 - O destino tem um grande desejo de nós manter unidos

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Theriy passa pelo longo caminho de flores, ficando apenas com a coroa que ilumina sua cabeça como pequenos vagalumes, ou até mesmo como uma tocha que nunca se apagaria. Mas, também aquele cheiro de grama diminui, na verdade todo aquilo vinha mais por conta das flores do que realmente estar perto da saída, e ela não pode deixar de suspirar apenas por pensar o quanto ainda tinha que andar dentro daquele lugar por mais tempo que havia pensado anteriormente.

As pedras brilhantes que anteriormente faziam o trabalho das flores de iluminar já haviam se acabado, agora apenas as normais apareceriam, tudo havia se transformado em uma caverna comum, sem mais coisas brilhantes e possivelmente mágicas, todas foram deixadas para trás escondidas no cantinho de um templo que poucos tiveram a sorte, ou infortúnio, de encontrar.

Mas, para a felicidade dela acaba encontrando uma outra bifurcação, dessa vez tinha que ir para a esquerda, e por fim encontraria a saída que procurava com fervor. Ela caminha alegremente para a esquerda, mas para surpresa, olhando incrédula para aquilo que apareceu bem na sua frente.

Ali estava uma grande pedra, enorme, que tampava a saída sem deixar um único pedacinho destampado. Lembrando do que Arturo havia falado ele não parecia ter nenhum tipo de malícia a falar aquele caminho para ele, mas sempre poderia haver, apenas suspirou, ela seguiria pelo outro caminho, talvez tenha alguma coisa por lá, ou seja apenas um grande precipício sem fundo, e teria que voltar tudo de novo. Tantas possibilidades.

Ela segue pelo caminho da direita, que é cheio de curvas, virando, desvirando, indo para esquerda, e direita sem rumo algum. Mas no final o único lugar que ela chega é em uma placa de mármore, que se tornam duas, que se tornam milhares. Havia voltado ao templo, mas em vez do ambiente ser todo claro, e cheio de plantas verdejantes, eles acabaram em uma parte escura, parecendo que haviam entrado em alguma saída dos fundos, ali não tinha nenhuma decoração, se não contar os pontinhos brilhantes que piscavam em todas as superfícies vistas.

Theriy seguiu até a porta, precisava agora encontrar a saída sozinha, talvez até encontre o morcego novamente e possa ter uma boa conversa com ele, mas agora tinha outras preocupações. Quando entrou na outra sala todas os livros que antes não havia visto em nenhuma das prateleiras estavam ali, estantes e mais estantes que se estendem por limites que nem ela mesma consegue enxergar naquele momento.

Ali o único meio de iluminação continuava sendo as flores em sua cabeça, e as estrelas que piscam como vagalumes, passando no meio dos corredores ela se encontra com um altar, o primeiro que ela viu estava vazio, mas aquele tinha um livro pesado aberto em alguma página aleatória, e por trás dele uma grande janela que tinha desenhado Lanu com os braços levantados em direção a Lua que estava sendo aos poucos encoberta pelas nuvens. Theriy sente um puxão e Narcissa surge, seu olhar pidão já faz a aracne perceber o que a filha estava querendo.

— Bem. — Fala ela virada para aquele altar com o livro pesado. — Vamos dar uma olhada, não vejo como isso seria perigoso.

Ela escuta Narcissa assobiar feliz, e até mesmo se virando para seus irmãos com uma pose de triunfo.

Theriy encara as linhas marcadas nas páginas, mesmo sabendo que são letras e palavras, ela não tem a mínima ideia do que poderia estar escrito ali. Narcissa pula do ombro dela, pousando sem problemas no altar, mas quase caindo em cima do objeto que poderia ser destruído se tivesse um vento forte demais ali dentro. Os outros também descem, e ficaram os seis olhando para as páginas em amarelo cheias de rabiscos, que para Theriy não tinha sentido algum.

— O que vocês queriam ver aqui? — Comenta Theriy, virando as páginas devagar, apenas para ser recebida com mais palavras sem sentido, mas pelo menos tinha alguns desenhos, alguns sendo de Prasos pulando na grama, e outros que ela acha ser como certa magia deveria agir. — Mesmo assim, esse livro e muito bonito.

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