Capítulo 15 - Espadas podem ser ciumentas, e despedidas podem ser feitas

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No final das contas eles resolveram fazer um plano simples e prático, por que não apenas jogar um deles usando as teias de Theriy como uma boa corda? Isso e um ótimo plano segundo a aracne e o morcego, menos para o humano que será aquele jogado, sendo o único que não voa ou produz cordas a partir da própria saliva, então infelizmente ele foi o desafortunado da vez.

Theriy tira fios, e mais fios da própria boca, que ao olhar de certos ângulos acaba se fundindo com os raios vindo das correntes, fazendo assim as teias irem de finos fios brilhantes para simplesmente sumir, apenas retornando quando já estão no chão em cima de outros fios que já tiveram sua vez de desaparecer. Ao fundo Arturo está conversando com Klaus, apontando para a parte onde eles iriam ter que chegar diretamente.

- A única de forma de destruir uma armadilha e acabando com seu círculo, eu vou jogar você lá no meio, e a única coisa que precisa fazer e dar o soco mais forte que conseguir. - Aponta Arturo, para o círculo azulado iluminado com várias siglas estranhas para aqueles que não entendem de magia. - Apenas precisamos sair rápido o suficiente, quando essas correntes se quebrarem vai ser poeira para todo o lado.

- Por que ela também não vem junto? - Pergunta Klaus, apontando para a aracne que agora juntava cada fio com maestria e prática de alguém que já havia feito aquilo milhares de vezes. - Fios de aranhas são frágeis, sinto que só de amarrar aquilo na minha cintura já vai se despedaçar inteiro.

- Tenho certeza absoluta de que isso não irá acontecer. - Comenta Arturo, achando engraçado a desconfiança do humano sobre aquelas teias, como se nunca tivesse ouvido falar de aracnes direito antes. - E se acontecer eu consigo pegar você, posso ser magrinho desse jeito mais ainda consigo pegar um humano como você sem problema nenhum.

- Já vou dizendo sou bem pesado, acho que até seria mais fácil se você pegasse a aracne e não eu.

- Certeza disso? Bem, vou ter que te carregar de qualquer jeito, então não fique assustado quando for carregado pelas garras de um morcego. - Arturo flexiona seus dedos na direção de Klaus, suas garras aparecem, mais afiadas do que nunca. - Quando gritar não precisa se preocupar, eu vou estar carregando você.

- Pronto! - Grita Theriy ao fundo, apenas Arturo entende o que a aracne havia tido, para o humano apenas um chiado alegre foi escutado.

A corda que ela havia feito é firme, mesmo sendo pegajosa e grudenta, como uma teia deveria ser. Mas no final, e Klaus que terá seu corpo amarrado, tendo que se preparar o máximo que ele consegue para que nada saia de sua garganta enquanto estiver sendo jogado por aí como um boneco de pano.

Theriy termina de amarrar a corda na cintura do humano, que parece mais rígido do que qualquer estátua que ela tenha visto naquele templo, ele deve estar nervoso, não é todo dia que alguém recebe a grande notícia que voará em direção a uma corrente flamejante. Mas ela espera que o garoto supere rápido e não erre seu alvo, se tiver que atirá-lo de novo terá que refazer algumas das teias que irão estalar com o peso do corpo dele.

Todos estavam prontos em seus pontos, Arturo já estava no ar, Theriy segurava a corda com força enquanto focava no local certeiro que ela deveria jogar o humano, os filhotes agiam como uma torcida silenciosa olhando para a ação dos três adultos com uma certa confusão e uma pitada de divertimento, e Klaus bem, ele espera que seu almoço já tenha sido digerido o suficiente para que nada saia por acidente.

A aracne se coloca no canto do altar, quase de frente para o círculo, mas ainda tomando cuidado com o calor vindo das correntes douradas que pareciam poderiam queima-la sem piedade. Se preparando, ela começa a girar a corda o mais forte que conseguia, fazendo o humano lá em cima soltar um grito enquanto repensava sua vida até chegar naquela situação.

Como cuidar de cinco filhotes de Rei Demônio??Onde histórias criam vida. Descubra agora