Capítulo 11 - Passeando pelo templo esquecido cheio de histórias perdidas

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Theriy se estica, suas costas estalam em meio as articulações cansadas, eles já estão se preparando para sair, depois de uma breve conversa com Arturo elogiando todos os aspectos que aquele templo apresentaria, o quão rústico e mágico aquele local parecia, mas ainda assim precisavam ver com seus próprios olhos para saber a beleza daquele lugar.

 Seus ferimentos já estão melhores, com os aranhões já curados, e outros sendo apenas uma mancha arroxeado em sua pele, mas nenhum tipo de dor era sentindo, apenas o sentimento que aquilo ainda estava lá. Com seus filhotes nas costas, olhando curiosos para o que estava por vim no caminho, eles começaram a caminhar.

 A entrada da caverna fica em um ponto muito alto, na verdade extremamente alto, no fundo ela conseguia ver uma lagoa cristalina sendo iluminada por uma luz misteriosa que vinha de lugar nenhum. Isso fez Theriy ficar curiosa, como ele conseguiu puxá-la até ali?

- Arturo. - Fala Theriy, chamando a atenção do morcego que estava voando do lado dela. - Como voce conseguiu me levar até aqui? O caminho e longo demais para ficar me puxando.

- A isso, usei uma passagem nos fundos. - Responde o morcego. - Não costumo usá-las porque são abafadas demais, mas naquela hora não tinha jeito.

- Entendi.

 Eles descem até perto do lago cristalino, a luz que o iluminava vinha de um buraco estrategicamente perfurado para dar aquele ar de mágico, e bem óbvio que não foi a natureza que fez aquela parte. Mas, escondido da vista de cima tinha um caminho reto, com as paredes cheias de pedras de variadas cores que brilham mesmo nas partes em que a própria luz não consegue alcançar.

 Enquanto caminham, e voam, por elas Theriy percebe que seus filhotes olham fascinados para cada pedra que aparece em seus caminhos, mas ela não pode culpá-los, elas são coloridas e brilhantes, o prato cheio para qualquer um que nasceu a pouco tempo e não sabe de nada do mundo, Arturo também parece perceber a fascinação com as pedras.

- Dizem que essas pedras são magicas, melhorando equipamentos, feitiços e coisas do tipo. Mas, eu testei todos os métodos e nenhum funcionou, são apenas um monte de pedras coloridas mesmo. - Suspira o morcego, batendo suas asas e desviando das estalactites que mostram seu reflexo distorcido. - Ou prescisam de alguma coisa para ativar, mas como não encontrei nada uso elas como uma bela decoração aqui embaixo, tipo um jardim de pedras.

- Um jardim de pedras. - Repete Theriy, cutucando com uma das patas uma das estalagmites que a reflete de forma distorcida. - E estranho saber que tantos poucos vieram aqui.

- Pode parecer estranho, mas o máximo de coisas vivas que vejo aqui dentro são aranhas, não igual a você aquelas menores, alguns lagartos, vários tipos de insetos, e as vezes algum dos vermes que se perderam por algum motivo. - Ao fundo eles conseguem ver algo começando a aparecer, um caminho quebrado com cerâmicas quebradas se juntando aos poucos até preencher todo o chão. - Chegamos na entrada, nesse caminho ficou um pouco menos curto agora.

 Pisando na cerâmica Theriy se arrepia com a frieza, mas logo esquece quando olha para as diferenças entre as paredes, a da direita e totalmente branca, com pontilhados em dourado, talvez seja ouro puro, enquanto a da esquerda e de um azul tão escura que chega a ser preto, o único enfeite nela e uma faixa em seu meio representando cada fase da lua.

- Bonito, não é? - Comenta Arturo, tirando Theriy de seu leve transe. - Também fiquei assim na primeira vez que eu vim, mas nunca entendi muito bem a significado deles, talvez tenha alguma coisa a ver com o Templo de Anli, ou de Lanu. Nunca parei para procurar.

- Anli, Lanu? - Theriy tenta se recordar, mas não consegue saber exatamente onde havia escutado.

- Sabe, templo do sol, e da lua.

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