Capítulo 02 - Unicórnios são seres majestosos, mas também podem ser bem chatos

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Já faz alguns dias deste o nascimento dos filhotes, Theriy continua os alimentando com o urso, mesmo que no começo eles não queriam comer de jeito nenhum, mas acabaram sendo obrigados por Callidora, ela não ia passar por isso sozinha.

Agora eles estavam se preparando para sair, ficar no mesmo lugar não é uma boa ideia e é perigoso ficar lutando com caçadores toda hora, ela arruma suas coisas que não são muitas, apenas colocando seus filhotes em suas costas e fazendo uma bolsinha com os pedaços de uma serpente que ela havia caçado, junto com as poucas partes que sobraram daquele grande urso.

Ainda é o começo da manhã, uma ótima hora de sair para evitar brigas que ela não quer entrar, mas é péssima para comer algo nutritivo como um urso ou serpentes, mas ela está preparada, então no final nenhum deles sai perdendo.

Os filhotes nas costas dela estão um pouco agitados, ficam andando sobre ela observando cada coisa que veem pela frente, olhando atentamente para o céu e o ambiente ao redor, e as vezes tentam pular de suas costas (principalmente Narcissa, quando viu uma borboleta transparente), fazendo ela parar para dar uma bronca neles, principalmente aquele que foi citada, junto de Akathan que pensou em fazer a mesma coisa, mas acabou não sendo uma boa ideia.

Quando as coisas se acalmam um pouco mais Theriy começa sentir algumas picadinhas nas suas costas que sobe até seu ombro, vendo que é apenas Narcissa, ela observa de canto de olho o que sua filha irá fazer, e ela olha de volta, as duas de encaram por poucos segundos até sentir uma pequena mão com garras na bochecha dela apertando um pouco, sentindo a maciez da pele e enrugando um pouco o rosto, mas essa já e uma expressão muito comum de todos eles.

Theriy ri um pouco, levantando a própria mão com garras e a usando para acariciar levemente a bochecha da filha, que amassa e fica com beicinho, fazendo movimentos em círculos e subindo sua garra até a cabeça onde passa seu dedo, o movimentando levemente de um lado para o outro, mas depois mais pinicadas sobem nela, que acaba sendo o resto do batalhão curioso.


Eles param quando acham um riacho, a água cristalina facilita para encontrar peixes e ver alguns insetos que pulam e flutuam em cada canto

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Eles param quando acham um riacho, a água cristalina facilita para encontrar peixes e ver alguns insetos que pulam e flutuam em cada canto.

Em uma parte, mais à direita, um unicórnio está deitado olhando para seu reflexo sem nenhuma preocupação, na verdade sua guarda está tão baixa que qualquer um pode ir até lá e mata-lo, se ela fosse de alguma outra espécie se beneficiaria disso e duas coisas poderiam acontecer, se ajoelhariam perante ele ou tentariam roubar alguma parte de seu corpo, mas como Theriy faz parte da espécie que não se importa ela apenas o vê, não senti a ameaça e segue seu caminho.



Diferente de seus filhotes, que olham exalando desejo quando veem o chifre curvo como uma meia-lua, que é uma visão muito comum e o unicórnio está acostumado com isso, na verdade ele até mesmo levanta um pouco mais seu pescoço para que a luz ilumine melhor seu chifre. Mas, vendo que não está sendo encarado por um deles ficou curioso, nunca se sentiu ignorado antes, é nem sentiu ambição ou desejo vindo dela, apenas dos pequenos em suas costas, que comparado com os dos humanos, e algumas outras espécies mais ambiciosas, a deles e considerado uma visão de algo que eles querem, mas não estão com muita vontade de possuir. Um pensamento passou por sua cabeça, algo que se ele falasse para os outros unicórnios receberia um coice por burrice

Como cuidar de cinco filhotes de Rei Demônio??Onde histórias criam vida. Descubra agora