Three

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Tá, eu me sinto meio louca

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Tá, eu me sinto meio louca.

Fazem algumas horas desde que tudo aconteceu, desde que chegamos e não consigo dormir. Me viro de um lado pro outro na cama a cada vinte minutos em média. No momento, estou de barriga para cima olhando meu reflexo no espelho acima de mim.

Então eu me sento e deixo o lençol cobrir apenas minha cintura para baixo. Observo todos os três quietos e serenos pela extensão do quarto. Bailey dorme no sofá vermelho que é metade do tamanho dele. Ele está de costas e dá pra notar que é desconfortável.

Sabina está ao meu lado quietinha e enrolada e Nour na cama ao lado, ela rola de um lado para outro toda hora, às vezes se esparrama no colchão, porém está dormindo.

Passo a mão na cara e suspiro. Estive repassando todas as cenas que vivi nessas últimas horas na minha cabeça. Meu sonho é sair dos Estados Unidos e agora a oportunidade está na minha frente, quer dizer minha vida já não era tão boa antes, talvez uma aventura seja algo… bom para o coração.

Me levanto e vou até o frigobar que fica ao lado do sofá. Vejo o balde de champanhe em cima da mini geladeira, as garrafas estavam rodeadas por água já que o gelo tinha derretido. Abri a porta e peguei um copo de água lacrado. 

— Não consegue dormir? — escutei Bailey sussurrar

— Você não estava dormindo? Ah, desculpe. Te acordei né? — Bailey se virou para o outro lado para me encarar com aquela cara sonolenta.

— Só… eu só tava cochilando — ele bocejou.

— Tem certeza? Não precisa inventar para não me deixar mal

— Não. Eu raramente tenho boas noites de sono. E ainda mais em um negócios desses. — ele apontou para o móvel que estava deitado.

— Imagino. — isso me fez pensar em todas as vezes que mandei Taylor dormir no sofá. 

— Por que não consegue pregar o olho?

— Eu… — com cuidado sentei no chão perto do sofá — Eu estou com medo. Muito medo, não sei o que vai acontecer agora.

— O plano é irmos para outra cidade, já entrei em contato com nosso superior, se tudo der certo, a gente vai pra Madrid. Lá estará mais que segura.

— Você acha? — perguntei meio insegura

— Tranquila. Tudo vai dar certo. — aqueles olhos castanhos se tornaram ainda mais escuros por conta das leds vermelhas. Era um olhar sereno, como se nada o preocupasse. Gostaria de saber como minha família reagirá com o meu sumiço.

— Eu espero que dê mesmo.

Apenas um lado da boca dele se moveu para cima, descendo alguns segundos depois.

— Tenta… meditar um pouco. Tenta não pensar e então vai conseguir dormir. Pelo menos por 3 horas pra conseguir aguentar a viagem pra Ohio. 

— Iremos para Ohio? Não era St Augustine? 

Carro De Fuga • Shivley Maliwal (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora