Fourteen

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Sete bocas com sete segredos
No quatro sete do Hotel San Diego

Eu estava passando pomada nas tatuagens e explicando cada uma delas à Sabina

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Eu estava passando pomada nas tatuagens e explicando cada uma delas à Sabina. Havia tido o significado da frase "Baci in fuga" que foi a primeira frase que aprendi em italiano, uma eu havia feito porque queria fazer na época da faculdade, é um computador. Outra, uma bola de espelhos, daquelas de discoteca porque eu nunca fui natural, tudo que faço é tentar, tentar e tentar e quebrar e consequentemente, brilhar.

— E esse carro vermelho? — apontou.

— Representa… isso aqui. — rodei o dedo em círculos — Tudo isso. Um carro de fuga, vocês, Barcelona… tudo.

— Que lindo… — Ela ficou com seus olhos marejados — Nunca achei que pudesse ser tão importante ajudar uma testemunha a fugir. Te adoro Shivani

— Também te adoro —  ela me olhou preocupada — O que foi? Não chore Sabina.0

— É que… sei lá, eu… eu nunca tinha percebido que vocês são realmente importantes. Poxa… Você fez uma tatuagem em nossa homenagem… Nem meus pais fizeram isso.

— Ah Bina… — A abracei sentindo sua respiração ficar pesada.

— Eu amei a camisa. E a tattoo também. Você é incrível. Obrigada.

— Sabina!! — Nour gritou no andar de baixo — Sabe onde eu deixei a tesoura?

— Não está na gaveta? — Saby gritou de volta

— Não. A última vez que a vi, você estava cortando papel.

— Já vou aí. — ela se virou pra mim — E essa? — Perguntou olhando para uma perto do pulso

— Esta é para Cassie. Um dente de leão, a flor. Ela adorava ir no campo de dentes-de-leão do sítio do nosso tio na Pensilvânia.

— Entendi. — Ela inclinou a cabeça e encarou a tatuagem com tristeza nos olhos — Vamos achá-la. — falou firmemente

— Não tenho dúvida.

— Eu vou ajudar a Nour. Depois eu volto.

— Vai lá. — A observei sair do quarto e escutei o barulho nas escadas.

— Shivani! — Bailey me chamou.

Fui atrás dele, a voz parecia vir lá do escritório. Quando abri a porta, o moreno estava sentado na sua mesa e esbanjava um sorriso. A Ferrari que eu havia dado a ele estava ao lado da foto com sua mãe e o irmão que ele levava de um lado para o outro.

Um dia ele me falou que quando ele matou seu padrasto, tanto ele e Thomás fugiram das Filipinas. Ambos trabalham pro Mirando Madrid e isso chega até ser interessante.

— Que fofo, Bay. — Eu amei o quão bem combinava com ele — Ficou lindo.

— Gostou? — Assenti com a cabeça

Carro De Fuga • Shivley Maliwal (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora