Capítulo 10: Hora da viagem

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**Violeta**
Três dias depois

   Mal falei com o Peter nesses dias. Ele pediu para uma funcionária da agência me ligar para dizer que não precisa de mim por lá nesses dias. Tudo bem que ele está me evitando desde do dia em que o Victor apareceu. Mas estou triste com isso porque não tive culpa e sinto que está cada vez mais difícil ficar aqui perto dele. Então decidi aceitar a bolsa e vou embora daqui a duas semanas. Hoje é o dia da minha viagem, o Peter só me mandou o horário de voo e não falou mais nada.

Estou terminando de me arrumar para a viagem e vendo se eu não esqueço de nada. Até a hora em que o meu táxi chegar. Normalmente o Peter iria me buscar, mas dava para notar que ele ainda está bravo porque nem se ofereceu. Como disse tudo bem, estou sentindo falta dele, mas é melhor assim, não posso me apegar mais do que já estou! E por esse motivo que quero ir embora e também sei que essa viagem será a mais difícil da minha vida, tenho que fazer o impossível para os pais deles pensarem que somos um casal e, ao mesmo tempo, tentar manter a distância.

Fechei tudo e sai. O meu táxi já está me esperando na porta do meu prédio. Havia colocado uma calça de jeans azul e uma camiseta preta com detalhes. , uma sandália e um casaco, tentei ser o mais normal possível, também pesquisei um pouco sobre o clima lá, essa época do ano não é tão frio como estarmos em setembro e outono lá tenho que levar alguns casacos no caso de frio durante a noite.

Quando cheguei no aeroporto um homem com um terno preto está me esperando, ele pega a minha mala e disse:

— O Senhor Lewis, já está-te esperando no avião.

No começo achei estranho “quem era o senhor Lewis?”

Daí lembrei que ele me disse que ele era Diogo Lewis, tenho que chamar ele de Diogo, A Partir de agora se não há família desconfiará.

Vou com o homem até um avião super chique pelo jeito particular, entrei no avião, o Diogo está mexendo no seu notebook.

— Vamos decorar em 15 minutos. — o homem fala.
Sentei-me em uma poltrona na frente dele e fiquei em silêncio mexendo no meu celular.

— Pelo jeito já melhorou o braço? — Ele pergunta
— Já, sim, conseguiu resolver tudo no trabalho?—falei sem olhar para ele.

— Já! Sim, essa semana estamos livres, vi que você pesquisou sobre o clima no Canadá, pelo jeito que você está vestido, mas você não precisa se preocupar porque também peguei algumas mudas de roupas para você e se faltar alguma coisa podemos comprar lá — Ela fala.

— Tudo bem, mas não vou precisar de nada, muito obrigado — Falei para ele sem tirar os olhos da tela do meu celular.

— Tudo bem! Vou deixar você em paz. — ele fala e se levanta do lugar onde ele está e vai para outro acento afastando do avião.

   Quando o avião começa a decolar, dá-me, uns calafrios na minha barriga, tinha me esquecido que tenho medo de voar. O único jeito era fechar os meus olhos e segurar firme na poltrona, já que pelo jeito ele não iria voltar a sentar do meu lado. O pior de tudo é que eu sabia o porquê estava brava com ele, mas não sabia o porquê ele estava bravo comigo. Se eu falasse, ele iria ter certeza que eu gostasse dele.

— moça… moça, desculpa, vi que você está um pouco nervosa, gostaria de beber alguma coisa ou tomar? — A aeromoça fala, abrir os meus olhos e olhei para ela um pouco em Pânico.

— Acho que quero beber a bebida mais forte que você tem aí! — falei para ela, nisso o Diogo fala.

— Pode trazer um Whisky com gelo para ela e um sem gelo para mim. — Ele fala e ela sai.

— Você, não tinha me falado que tem medo de avião!

— Devo estar com uma cara de apavorada agora para você sair de onde você estava para vir aqui? — falei seca sem olhar para ele

— Ta! Vamos conversar porque você está assim comigo? — Ele perguntou.

— Nada não, só achei que você foi muito chefe comigo esses dias. — Falei e ele olhou-me sem entender.

— Ta! ok, você estava com o seu braço machucado, o'que queria que eu fizesse? — Ele perguntou.

— Sim! Me dispensar, já que eu não ia conseguir trabalhar direitinho, né! — Falei, estou com tanta raiva dele que nem vi quando o voo começa a decolar.

— Sim, não precisava de você no escritório, ainda por cima machucada — Ele fala com um tom de provocação.

— Acho que você só está querendo me deixar mais brava com você Diogo — Quando falei isso, observei, os olhos dele escureceram.

— Então você ficou brava comigo, por que não deixei você ir trabalhar? E de onde veio esse Diogo agora?

— E o seu nome não é? Não fiquei brava com você por causa disso. Fiquei brava com você, porque você ficou bravo comigo, por uma coisa que não tive culpa. Eu nunca poderia imaginar que aquele babaca estava me seguindo e nunca poderia imaginar que ele iria aparecer na frente do lugar onde trabalho. Mas não se preocupem, darei um jeito nisso assim que isso aqui, acabar!

— Ta! Violeta, você tem razão, fiquei bravo, mas não foi com você, fique bravo comigo porque…. Mas esqueceremos isso e curtiremos um pouco essa viagem, sei que será difícil, mas temos que mostrar para eles que somos um casal apaixonados! E você pode me chamar como quiser, afinal iria adorar ver essa boca linda me chamando de Diogo na minha cama.

— Esse final de semana vai ser longo, eu disse sem provocações, — Eu falei.

— Não! Você disse sem mãos bobas, não falou nada em provocações e você já assinou o papel, então não pode voltar para atrás — ele fala.

— Você sabe que eu não dispenso um desafio quando vejo um né, se você quer jogar vamos jogar.

— Isso vai ser muito divertido, mas tenho que te falar algumas coisas que você precisa saber antes de chegarmos lá.
Primeiro: você não pode sair sozinha de casa sem está acompanhando com os seguranças ou comigo. Segundo: não deixe o meu pai ou a mãe te intimidar, qualquer coisa me fala que resolvo. Terceiro: o Arthur é um idiota, ele é o meu irmão gêmeo, então ele tem a minha cara se ele se aproximar de você e dizer que sou eu não acredite

— Então vocês trocavam as namoradas na escola? — falei brincando. — Acho difícil te confundir com outra pessoa, mas vamos ver, você falou que os seus pais podem me intimidar, devido à noiva que eles querem que você se case? — perguntei.

— Sim! Também, mas tem o fato que o meu pai me disse que a minha mãe quer que eu volte a morar no Canadá.

— Nossa, deve ser muito legal ter uma mãe assim que quer ver o seu filho perto dela. Eu não tive essa sorte, se duvidar ela é capaz de me vê na rua e fingir que não me conhece. Não sei porque ela me odeia tanto, já até perguntei uma vez para ela se eu era realmente filha dela. — Nisso ele me puxa para um abraço.  O meu corpo todo se arrepiou até que me afastei.

— Desculpa, eu só queria te confortar — Ele fala.

— Tudo bem! Acho que preciso de outra bebida — falei nervosa.

— Mas você nem tomou a primeira ainda — ele fala brincando. Olhei para a minha bebida e peguei o copo e tomei tudo num gole que desceu queimado a minha garganta.

— COF… COF… acho que preciso de outra — Falei
— Vou pedir água para você, não quero que você chegue no Canadá bêbeda. — Ele fala rindo.
“Será que ele percebeu alguma coisa? Será que ele recebeu que fiquei nervosa com o abraço dele"" claro né Violeta, ele não é burro, você tem que parar de fazer essa coisa estranha” fico alguns tempos nos meus pensamentos.

Coração Infiel Onde histórias criam vida. Descubra agora