Capítulo 13: Será que é ciúme?

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**Violeta**

Depois que Diogo saiu do quarto, confesso que fiquei chateada por ele não ter ficado. Tudo bem, acredito que ele esteja me respeitando, afinal, pedi para ele se afastar. Eu também sei que preciso me afastar, não posso me envolver com ele. Não quero estragar nossa amizade por apenas uma noite. Além disso, irei embora depois que voltarmos para casa, então não posso fazer isso. Vesti minhas roupas e me sentei no sofá, mexendo no celular. Depois de um tempo, olhei pela janela e vi Diogo conversando com uma loira no jardim.

De onde eu estava, pude perceber que ela estava flertando com ele, e ele estava correspondendo. Sei muito bem como isso funciona devido ao meu trabalho. Ele não poderia fazer isso comigo, especialmente na frente de sua família. Estou brava por vê-lo conversando com aquela garota. Como ele pode fazer isso comigo? Estou aqui para ajudá-lo, e ele vai me fazer de trouxa diante de todos.

Decidi parar de olhar e voltei a mexer no celular, mas ainda estava com raiva e chateada com ele. Não consigo entender como isso é possível, e o porquê está me afetando tanto, mesmo tentando ficar longe dele. estou perdida nos meus pensamentos quando ele volta para o quarto. Nesse momento sinto um alívio misturado na raiva.

- Conseguiu descansar? - Ele perguntou, mas não respondi porque sabia que acabaria brigando com ele, e não queria dar essa impressão.

- O que aconteceu? - Ele insistiu, e olhei, mas voltei minha atenção para o celular.

- Ok, já entendi, você está brava comigo. Tudo bem, só quero saber por quê, para tentar me explicar. - Ele falou.

- Olha aqui, Peter ou Diogo, eu vim aqui para te ajudar, mas não vou ser a trouxa nessa situação. Não está certo você ficar flertando com uma loira em um momento em que não sou mais sua esposa. Mesmo depois disso, eu não farei o papel de trouxa para sua família. - Falei sem paciência.

- Ah, entendi! Você viu eu conversando com a Stefany. Ela é bonita, não é? Ela é irmã da Evelyn. - Ele falou com tranquilidade.

- Raffa! Sabe de uma coisa, faça o que quiser. Agora temos mais um motivo para nos separarmos. - Falei, levantando do sofá e indo em direção à porta. Ele me puxou pelo braço, fazendo nossos corpos se encaixarem. Olhei nos olhos dele, desejando que ele me beijasse. Estava pensando nisso quando alguém bateu na porta, me fazendo voltar à realidade e me afastar dele. Fui para o banheiro, e ele atendeu a porta.

- Droga, não acredito que quase o beijei. Em que está pensando. Violeta? - Falei comigo mesma, andando de um lado para o outro no banheiro.

- Violeta, você está bem? - Ele perguntou do outro lado da porta.

- Estou, sim, já vou sair - Tudo bem, Arthur veio nos chamar para o jantar - ele falou. Lavei meus pulsos e respirei fundo antes de sair do banheiro. Ele estava me esperando do outro lado.

- Você está bem? - ele perguntou.

- Estou, vamos para o jantar. Depois conversamos - falei, indo em direção à porta sem olhar para ele. Ele veio atrás de mim, e quando chegamos à sala, todos estavam nos esperando.

- Vamos jantar - a senhora Beatriz disse. Todos nos dirigimos à sala de jantar, e Diogo me mostrou o lugar onde eu deveria sentar, sentando-se ao meu lado.

- Querida, você já conheceu a irmã da nossa Evelyn, a Stefany? - a avó perguntou do meu outro lado.

- Ainda não, mas tenho certeza de que o Diogo já a conheceu - falei, com um tom de sarcasmo.

- Aconteceu alguma coisa que eu não sei? - a Evelyn perguntou.

- Nada, só conheci o seu novo cunhado hoje mais cedo no jardim - ela falou com um sorriso no rosto. Decidi não me estressar com isso, mas também não tolerarei.

- Querida, não adianta, ela só está te provocando - a avó falou baixinho.

- Bom, vamos jantar. Fico feliz que todos já se conheçam, mas temos um dia cheio amanhã com os preparativos do casamento - o senhor Richard disse. Jantamos, e eu fiquei quieta durante a refeição, preferindo apenas ouvir a conversa. Não me sentia muito confortável, principalmente porque não conhecia ninguém além de Diogo. Os outros pareciam muito intimidadores, cada olhar que me lançavam me fazia sentir como se eu fosse a presa e eles os caçadores. Realmente, não estava me sentindo à vontade, mas o fato de Diogo estar ali me ajudava um pouco. Depois do jantar e da sobremesa, fomos para a sala de estar. O senhor Richard e sua esposa foram para o quarto, a avó também foi para o dela, e ficamos apenas Diogo, Arthur, Evelyn e sua irmã na sala.

- Você está gostando da viagem. Violeta? - Evelyn perguntou.

- Estou, sim, só que ainda não vi muito da cidade - respondi.

- Que tal irmos à boate nos divertir nós cinco? - Stefany sugeriu.

- Eu não acho que seja uma boa ideia - Diogo falou.

- Gostei da ideia, podemos ir sim - falei para ele.

- Beleza, vamos nos arrumar e encontramos vocês aqui em 30 minutos - Evelyn disse.

Fui para o quarto, e Diogo veio atrás de mim.

- Não acho que seja uma boa ideia - ele falou.

- Isso é medo de eu retribuir? - falei.

- Violeta, está tudo bem! Vamos, mas não sairei do seu lado.

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