CAPÍTULO QUATRO: Uma estrela da música

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CHOU TZUYU

O sinal que indicava o final do dia letivo havia sido acionado e fez com que todos os alunos daquela sala se levantassem feito pombos ao verem comida do outro lado da praça.

Ajeito meu material com calma como sempre fazia observando a sala de aula agora vazia.

Desligo o projetor de vídeo de todas as salas daquele andar e noto o corredor vazio, me fazendo suspirar.

Cantarolo algumas notas de uma musica nova na qual eu havia descoberto hoje antes de pegar o metrô para a escola, havia gostado daquela melodia.

Sigo em direção a sala de minha avó e pego meu celular para checar meu bloco de notas e minhas tarefas, as quais eu deveria cumprir rigorosamente para que não me chamassem de irresponsável, isso estava fora de cogitação para uma Chou.

A primeira delas era desligar as luzes e projetores. Feito. A segunda era trancar a quadra principal. Faria isso na hora de ir embora. A terceira, buscar o material de Jeongyeon na secretaria. A quarta, falar com minha avó, e era o que eu estava prestes a fazer.

—Com licença, a senhora teria um minuto, Vó? —Pergunto colocando apenas a minha cabeça para dentro da sala e vendo minha avó concentrada em sua leitura, logo fazendo movimentos positivos com sua cabeça.

—O que quer, Tzuyu? —Questiona lançando um sorriso para mim em quanto marcava a página de seu livro.

—Sabe o que faremos hoje a noite? —Perguntei animada, usando do último resquício de esperança que havia em mim.

—Bom, eu irei dormir.—Respondeu rindo e logo senti uma pontada de tristeza em meu coração.

—Você esqueceu, não é?—Murmuro. —Hoje é meu aniversário, Vó.

—Pare de brincar comigo, seu aniversário foi semana passada! —Ela disse e eu sabia que não iria valer a pena discutir. Estava ciente de que iria passar mais um aniversário sozinha.

Minha avó estava desenvolvendo alzheimer, isso me deixava preocupada mas ao mesmo tempo triste por não ter a minha doce vó a minha disposição igual a anos atrás.

Ela era teimosa e não acredita sobre a doença, ou sabe e não quer enxergar por ser decepcionante demais para ela. E, por mais que brigas já tenham ocorrido, ela se recusa a realizar qualquer tipo de tratamento, fazendo a doença avançar cada vez mais rápido.

Minha avó teria que passar os cuidados da escola para minha mãe daqui um tempo, e espero que isso demore um tanto para acontecer.

—Vou indo vó, não se preocupe comigo. —Digo e abaixo a cabeça saindo de sua sala sentindo uma lágrima escorrer e logo eu seca-la rapidamente.

Olhei ao redor, não seria muito bom algum estudante ver Chou Tzuyu chorando pelos corredores.

Fui ver se Yuna ainda estava na sala do conselho, a garota era uma ótima companhia para os momentos ruins. Como eu esperava já havia ido embora e agora a escola estava vazia.

Pego os materiais de Jeong na secretaria já fechada e os guardo na minha mochila, lembrando de entregar a garota no dia seguinte.

Fecho o cadeado da quadra e sigo para a saída, onde o segurança da escola esperava a saída de minha avó para acionar o alarme.

—Tenha uma boa noite, Chang! —Digo e ele me estende a mão para um toque, bato em sua mão.

—Ei, feliz aniversário, Senhorita Chou. —Ele diz e me entrega um bombom, encaro o garoto um tanto emocionada por ser uma das poucas pessoas a me desejar um parabéns naquele dia.

rumor | satzuOnde histórias criam vida. Descubra agora