Outra Vez

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Maldito seja o dia
Em que nessa casa entrei!
Eram recorrentes pensamentos
Que falavam sem parar na cabeça.
Passo dado que dei
Sobre a antiga madeira
Da gigantesca escadaria.
Ruído que percorria
No conflituoso silêncio da noite.
Simplesmente perfeito momento
Onde tudo pôde ceder.
Se junta doce na varanda
Com cores taciturnas
Do clarão a vacilar.
Amante eterna fostes tu,
Lua sedenta, vinde aqui
Para mim por testemunha
Do pecado maior
Que deveras hei de cometer
Ao deixar Ela esvair-se
Por entre os dedos meus,
Outra vez.

Coletânea de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora