A Farsa do Amor

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Me ensinaram
Que sereno seria o amor,
Malditos mentirosos!
Me criaram
Com carinhos de dor
Que quebravam-me os ossos.

Nada trágico
Foi o que eu mesma disse
Na triste desilusão
Onde tudo parecia mágico:
Não importava o que fizesse
Morte eterna ao coração.

Dignidade turva
Cessando o punho da maldição
Que no sangue meu fervilha
Pelo corpo em cada curva
Perdendo-me em ti, razão
Que esvaia-se por toda trilha.

Morte profunda
Das almas que corrompedoras
Inebriantes da eternidade.
Vida que afunda
Malignas dores amadoras
Que dissolvem a humanidade.

Coletânea de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora