A tal caneta

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Era uma vez
Uma estranha caneta
No fundo da bolsa
Nunca usada
Os dedos dos outros
Nunca a tocavam
Sempre escolhiam
As mais coloridas
As mais brilhantes
As mais cheias de tinta
A caneta estranha
Nada mais era
Que a segunda opção
Da segunda opção
Sempre a última
Sempre a deixada
Escanteada de lado
Deixada para trás
A caneta ficava só
No fim do fim
Só a escolhiam
Quando mais
Nenhuma servia...
Na real,
Essa história
Não é sobre
A tal caneta

Coletânea de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora