Devassa Esperança

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Segue reto o caminho

Da devassidão, surge o inimigo

Que prospera como vinho

Nos braços do temor antigo.

Assim, o passado passa

Na destemida videira,

Onde a vida tornou-se caça

E o caçador morrera.

Se esclarece a madrugada,

Transforma-se escuro o amanhecer.

Que tal alma já amada

Esquecida do que é viver.

Oh, ninfa de sedosos cabelos!

Em frente permaneça,

Pois logo há de vê-los.

Inúteis corações de bonança

Tema de todos tê-los.

Morra de desgosto tu, oh esperança! 

Coletânea de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora