Socorro

6 1 0
                                    

Socorro
Eu cai em mais uma cilada
Te venerando eu fui
Até a beira do penhasco
E lá me reparti em mil
Pedaços de mim, despedaçada

Socorro
Tentei mostrar o que sentia
Mas a total lerdice
É um obstáculo irrefutável
De ambas as partes
Que me tirou tudo o que queria

Socorro
Outro beijo nos teus lábios
Nunca nos meus
Agora tua boca pertence
A outro, e a culpa
Me dissolve os pensares sábios

Socorro
Mais uma vez não segui
Aquele esperar
O fundo do meu peito
Que queima, me destrói
Perguntando: como consegui?

Socorro
Cada rima pensando nela
Ferida não curada
Alma em estilhaços
Pontudos, feia é a dor
De um mundo, agora, sem ela

Coletânea de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora