Capítulo 10 - "Estou feliz, se tu estiveres"

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- Ei, Luke. - Joe saiu do café e ficou na frente de Samantha - Também tenho uma coisa para ti. - e deu-lhe um soco, tão forte que Luke cambaleou para trás - E desaparece antes que chame a polícia ou te desfaça com as minhas próprias mãos.

O homem que agora tapava o nariz a sangrar rapidamente saiu dali, gritando um "Isto não vai acabar assim." 

- Deixa-me ver. - segurou o rosto de Sam e tocou de leve na parte do olho - Vamos colocar gelo.

Ambos entraram no bar. Enquanto Joe foi buscar gelo, Sam sentou-se num sofá. Aconteceu de novo, tudo de novo, Luke de novo, começou a apertar o seu braço, espetando a unha. Joe voltou com um saco plástico cheio de gelo e um paninho a volta. 

- Obrigada, Joe. - murmurou.

- Sempre. - segurou o gelo contra o rosto dela. Alguns clientes foram chegando então Joe teve que se levantar. Sam segurava o gelo no rosto enquanto olhava o menu, mas na verdade, tinha a cabeça noutro mundo.

Ele foi-se embora, teve a lata de voltar e querer destruir a vida dela, de novo. Isto não podia ficar assim, não podia. Desta vez, ela tinha que fazer algo. Queixa, arranjar algo que o fizesse ficar longe dela. Não podia permitir que fosse vítima sempre. Chega disso! 

Estava decidida a ir a polícia. Quando ia-se levantar, foi surpreendida.

- Andrew. O que estás aqui a fazer?

- A babysitter não me veio buscar. Acho que o meu pai precisa contratar outra. Então eu vim embora sozinho. - explicou muito simples.

- E o que estás a fazer num bar?

- Eu li as conversas do meu pai. - encolheu os ombros - Então quis ver como era.

Joe arregalou os olhos quando viu o menino e logo foi até eles.

- Sam, quem é? 

- Andrew Williams. - estendeu a mão.

- Williams Williams? - Sam confirmou a cabeça - Ah... Prazer. - cumprimentou a mão pequena do menino.

- Eu trato disto aqui. Não te preocupes, Joe. Ok, Andrew, vou mandar mensagem ao teu pai para te vir buscar.

- Ele vai adorar.

- Vir buscar o filho dele a um bar? Acho que ainda falta mais uma década para isso. - fez sinal para ele se sentar e escreveu a mensagem para Mathew.

- Não, ver-te. - sentou-se e tirou a mochila. Sam afastou-se um pouco e sorriu - O que aconteceu ao teu olho? Está negro. 

- Ah... Eu bati de cara numa porta. - mentiu, sentiu-se mal por isso, mas também não ia contar a verdade a um menino de seis anos.

- Não é muito difícil, não sabes distinguir puxe de empurre? 

- Às vezes, parece que não. - riu fraco - E o que queres fazer enquanto esperamos?

Andrew falou que tinha uns deveres para fazer. Sam puxou-o para o lado dela e ajudou-o. Deram algumas risadas durante os exercícios. 

- Já sabemos que a vaca faz mu, o gato miau e o cão au, mas e o pintainho? Que som ele faz? 

- Pss? - olhou para ela e fez o som.

- Isso é a cobra. Já podes colocar na imagem da cobra. - Andrew escreveu o som debaixo da imagem de uma cobra - Só falta o pintainho. 

- Hum... 

- Ele dá assim muitas bicadas. - falou tocando em várias partes do corpo dele. Andrew caiu numa crise de riso. Agora fazia-lhe cócegas, enquanto o tinha no colo.

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