Capítulo 12 - "A Verdade"

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- Boa noite, estou a falar com Joe Martinez? 

- Boa noite, o próprio. Quem é? 

- Daqui fala a enfermeira Maggy, do hospital New York. O senhor é o contacto número um de Samantha Rodriguez.

- Sam está no hospital? O que aconteceu? Como ela está? 

- Senhor, não tem um modo fácil de dizer isto, mas a senhora Rodriguez foi agredida e entrou no hospital com ferimentos de vários graus e naturezas. 

- Quem lhe fez isso?

- Não tenho essa informação. Peço que venha até aqui para tratar dos assuntos pendentes e para apoiar a senhora quando esta acordar. 

- Sim, claro, obrigado.

Desligou e vestiu o seu casaco. Rapidamente, saiu de casa e chegou ao hospital. Levaram-no ao quarto onde Sam estava, que agora dormia. O médico explicou que teria que ficar no hospital durante uns dias e que era obrigação do próprio hospital apresentar queixa por violência doméstica. Joe concordou logo e pediu para avançarem, porque era o que Samantha queria. 

Estava sentado na poltrona do lado da maca esperando que ela acordasse, mesmo sabendo que ia demorar. Já tinha carregado várias vezes tanto no contacto de Gabriel como Mathew. Não sabia se devia avisar ou não se intrometer. Uma coisa ele sabia, ambos a amavam. Verdadeiro amor. Por fim, mandou uma mensagem aos dois a avisar que Samantha estava no hospital por causa de Luke. 

Após mandar a mensagem, não demorou muito aos dois chegarem. Joe até se assustou quando Mathew invadiu o quarto seguido por Gabriel.

- Como ela está? - Gabriel perguntou e aproximou-se de Samantha.

- Traumatismo médio, quatro pontos na testa, ombro deslocado e tornozelo direito torcido, mão partida, fora as nódoas negras. - Mathew respondeu a pergunta dele após ler a placa que estava na maca.

- O médico falou que ela precisa de ficar aqui uns dias, mas que não existem problemas na melhora. - Joe tentou acalmá-los.

- E Luke? 

- Ainda não sei de nada. Só sei quem chamou a polícia foi a vizinha da frente, o resto zero.

Os três homens ficaram no quarto à espera que Samantha acordasse para contar o que se tinha passado. Acabaram por obter a resposta por parte da polícia. 

- Senhores. - os dois homens de azul entraram no quarto. Os três logo se levantaram e cumprimentaram a autoridade - Estamos aqui para apontar os ferimentos da vítima.

Mathew entregou a placa a um deles, que apontou num bloco.

- Já sabem onde ele está? - Gabriel perguntou.

- Temos a descrição dele e uma fotografia, já foi emitido um mandato em nome do sujeito. Também avisamos os aeroportos e portos para duplicarem a verificação de identidade. - o outro polícia respondeu - Assim como hospitais caso um homem da descrição dele apareça. 

- E Samantha? Vai ficar desprotegida?

- A vítima pode escolher ir para uma organização que ajuda mulheres que sofreram violência doméstica, mas também pode escolher ir para casa. Podemos colocar uns agentes a protegê-la até acharmos o sujeito. 

Depois disso, ambos os polícias saíram do quarto, desejando o resto de bom dia.

- Agora o desgraçado está  a solta. 

- E é a segunda vez que lhe faz isso. 

Joe olhou para baixo, com os braços apoiados nos joelhos.

"Vou em direção ao bar. Já estou mais que atrasado e preciso atalhar. Ando pelos subúrbios de New York, não costumo vir para estas zonas. Para piorar chove como se o mundo fosse acabar. Estranho quando vejo algo no passeio, de tão longe não percebo o que é. Aproximo-me e tenho um susto de quase morte. Uma mulher deitada no chão, toda ensanguentada.

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