Capítulo 15 - "Prisão"

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Samantha estava deitado num lençol branco, apenas de roupa interior. A ideia era mostrar a sua barriga ainda pequena. Após falar abertamente, conseguiu ganhar a amizade da juíza francesa. A mesma olhava-a com um sorriso e sempre que via as fotos sorria mais. 

Agora estava de joelhos, com um robe também branco. Olhos fechados, rosto virado para cima, cabelo solto, era a definição de um anjo.

Pelo menos foi o que Gabriel pensou. 

- Ah olá. - Sam foi até ele no final.

- Olá. Estavas muito bonita.

Sam fechou o robe e sorriu.

- Obrigada. Eu vou só trocar-me e já vamos.

Gabriel concordou com a cabeça e Sam saiu. Assustou-se quando uma mulher apareceu bem na frente dele.

- O senhor é?

- Eu sou amigo da Samantha.

A mulher olhou-o de cima a baixo, sempre a bater o seu lápis na mão.

- Presumo que seja um dos pais. - Gabriel deu uma risada desconfortável concordando - Espero que trate a Samantha bem, ela não merece escumalha.

O tom de voz assustou-o, mas por outro lado estava feliz que Samantha também tinha apoio no trabalho.

Se Samantha soubesse o que a francesa tinha feito, com certeza deitaria foguetes, mas Gabriel não contou nada.

Juntos foram para o café. Mathew chegou uns minutos atrasado, mas logo sentou-se ao lado de Gabriel e de frente para Samantha.

- Desculpem, tive que deixar Andrew com a babysitter, ela atrasou, enfim. - explicou-se.

- Tudo bem. - Sam acalmou-o, tentando acalmar-se a si mesma. Dentro da sua mala tinha o envelope. O tão esperado envelope. O envelope! 

- Antes de descobrirmos e esclarecermos isto, só gostava de dizer que mesmo que não seja o pai foi muito bom fazer parte da vida do vosso bebé. - Gabriel falou fazendo Samantha sorrir.

- O mesmo serve para vocês. Mesmo que eu não seja o pai, fico feliz que tenha ajudado e sei que ele será bem cuidado.

- Obrigado, cara. - Gabriel deu um leve aceno de cabeça, o que Mathew retribuiu.

- Estão a deixar-me nervosa. - riu-se.

- Estamos todos. - Mathew concluiu.

- Eu também tenho algo a dizer. - os dois olharam para ela - Não importa o nome que diga neste papel, ambos foram os pais deste bebé e ele vai conhecer os dois. Ambos fazem parte da minha vida e são especiais. 

Concordaram com a cabeça e Sam pegou o envelope. As mãos tremiam, mas mesmo assim sabia que independente do nome que estava no papel, o pai seria presente. A criança seria bem cuidada por ele e muito amada.

Gabriel podia ser novo, mas tinha um coração enorme. Era preocupado, gentil, amoroso, educado. A criança teria muita sorte, um pai empresário, jovem e cheio de amor para dar.

Já Mathew, era experiente, tinha outro filho, então sabia cuidar bem de crianças visto que criou uma sozinho. Sabia que ele nunca ia se desesperar e quando ela o fizesse, ele estaria lá para acalmá-la. A criança teria um irmão mais velho, também muito fofo, alguém com quem brincar, um pai médico por isso seria muito muito bem cuidada.

E ela, bem, ela era ela. Uma mãe solteira, de vinte e um anos, inexperiente, mas corajosa. Não ia desistir sobre qualquer chance. 

Foram surpreendidos por uma pessoa bem conhecida a entrar no bar. 

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