Em suas mãos... ❤️ - Especial MDB

Capítulo 3

The club At Koi
(Horas antes)

༄ ؘ˚ ₊ ·Khim ༄ ؘ˚ ₊ ·

─ Se comporte ─ Gorn me deu um beijo na testa antes de ir pro palco.

─ Eu sempre me comporto ─ falei batendo continência ─ *Só queria não me comportar ao menos uma vez*

Depois de alguns minutos, eu me sentei no bar e comecei a beber alguma coisa que eu não sabia o nome. Estava chateada com meu pai e decepcionada comigo mesma por não conseguir mostrar a ele minha verdadeira paixão na vida.

─ *Chega de chorar, Khim* ─ pensei suspirando ─ É meu aniversário, VAMOS BEBER!!! ─ gritei bem alto para todos ouvirem ─ EU VOU PAGAR O QUE VOCÊS QUISEREM, 'TA TUDO LIBERADO!!!

As pessoas gritaram e me jogaram para cima várias vezes, comemorando as bebidas grátis. Eu bebi os primeiros 'shots e achei que estava tudo bem. Chegando no sexto, eu descobri como era estar levemente alterada. No décimo, eu jurei que o chão estava "andando". E, no vigésimo, eu já não sabia mais o meu próprio nome.

─ EU NÃO SOU A GAROTINHA DO PAPAI ─ gritei virando mais um shot ─ *meu Deus, quem sou eu?* ─ pensei, rindo de mim mesma.

As músicas da banda de Gorn eram agitadas e sensuais, um tanto difíceis de dançar para alguém como eu; que não era muito ligada a isso, mas eu estava tentando. Senti que estava ficando cansada e sentia que ia desmaiar.

─ Preciso ir embora ─ falei para ninguém em particular e andei tropeçando até a saída, procurando minha moto ─ Onde está minha pequena filha? ─ perguntei chorando quando não a encontrei.

Um rapaz alto de uniforme se aproximou, perguntando se eu estava bem.

─ Nãoooooo ─ encostei a cabeça no peitoral do rapaz ─ meus pa-pais não me amam, e eu perdi mi-minha filha.

─ Como se chama sua filha? Eu posso te ajudar a procurar.

─ Sério? ─ parei de chorar e sorri de orelha a orelha  ─ então vamos!!! ─ puxei o rapaz, sem aviso prévio ─ ela é linda e tem... Aiiiiii ─ gritei ao virar o pé ─ esse sapato maldito ─ tirei o sapato e o joguei fora.

─ Senhorita, que tal se a gente for até a enfermaria? Você p...

─ Pra que? ─ coloquei a mão na testa dele ─ você está doente? AI MEU DEUS, ESSE HOMEM ESTA DOENTE!!! Eu vou te levar pro hospital!!!!

Decidida, o arrastei de volta para o local onde estávamos.

─ Mas... Você tem que achar sua filha e eu não estou doente ─ quando ele falou isso eu parei e comecei a chorar, novamente.

─ Oh meu Deus, como eu pude esquecer da minha filha? Ela é uma BMW S1000RR, tão perfeita. Como eu pude esquece-la? Eu sou uma péssima mãe 😭

─ Espera, sua filha é uma moto? ─ ele perguntou confuso.

─ O que você pensou que era?

─ Nada ─ ele respondeu sem paciência ─ tem uma BMW estacionada na área VIP. Eu te levo até lá para você ver se é sua ─ concordei e o segui.

Quando finalmente vi minha moto eu dei pulinhos infantis e gritei como uma criança que acabou ganhar um doce.

— Tem certeza que pode pilotar? — ele perguntou desconfiado.

— Eu sou uma Theerapanyakul, posso fazer qualquer coisa — eu disse solenemente, como se não houvesse uma gota de álcool em meu sangue — obrigada por me ajudar — agradeci dando um beijo na bochecha do homem, que ficou vermelho e sem reação.