Emily.
Oque merda você tá fazendo aqui? -sou acordada por um grito feminino desconhecido.
Meus olhos encontram a de uma garota loira com um olhar vingativo, seus olhos pareciam estar saindo faíscas de fogos, o seu rosto estava ficando vermelho, e eu tinha a impressão de que ela fosse explodir de raiva a qualquer momento.
-de...desculpa, é que eu vim cuidar da... -falei um pouco nervosa, mais sou cortada por sua voz feroz.
-não importa oque você está fazendo aqui, eu quero que você vá embora! - quase berrou, me fazendo me afastar da mesma, percebo que a lily não se moveu um centímetro, e parece um anjinho dormindo.
-tá bom... me desculpa - falei me afastando da mesma e indo em direção a porta, mais antes que eu chegasse, esculto um sussurro que eu não sei ao certo se ela queria que eu escuta-se ou ela falou auto demais, porque eu escutei em auto e bom som.
" isso, vai mesmo assassina da própria mãe"Essa pequena frase fez com o meu coração quase saltasse pela boca, as minhas veias saltaram de imediato, minha respiração estava descontrolada, eu sentia os meus olhos pegarem fogo de uma forma irritante, fechei os meus punhos com tanta força, que eu senti a minhas unhas cortarem como facas a palma da minha mão.
Me virei e fiquei de frente pra ela, ela percebeu a minha raiva e parecia se divertir mais ainda, era como se fosse exatamente isso que ela quisesse, me deixar em êxtase, me deixar sufocada de tanta raiva.
-nunca Mais Ouse Falar Da Minha Mãe Novamente, Entendeu?? -falei em passos lentos até chegar tão próxima a ela, que eu conseguia sentir a sua respiração pesada.
-e você vai fazer oque? Me bater? -pergunta debochadamente.
-não seria uma má ideia, e não esqueça da palavra que você me chamou "assassina", então seu eu fosse você eu teria muito medo - falei cada palavra quase cuspindo na cara dela, ela parecia que queria fugir da aquele lugar, a qualquer momento.
Ela estava com medo de mim, e eu não me importava nem um pouco com isso, qualquer um que falar mal da minha mãe, vai me conhecer de verdade.
-Emily? Ana? Oque houve? -escutei a voz do liam preocupado, pelas minhas costas então me viro ficando de frente pra ele.
-manda ela ir embora! -berrou a Ana atrás de mim.
-porque eu mandaria ela embora? -perguntou o liam.
-porque? Pelo simples fato de que eu não quero ela na mesma casa que a sua..-vociferou a Ana.
-eu não vou mandar ela embora, só porque você esta com ciúmes Ana e Meu pai a chamou pra que ela olha-se a minha irmã... -a Ana o corta imediatamente.
-ela nem é sua irmã de verdade! -falou a Ana.
-Ana, ela pode não ter o mesmo sangue que o meu, mais continua sendo a minha irmãzinha... vamos lá embaixo, a gente precisa conversar -falou calmamente, mais a Ana bufou e passou por ele até a porta em passos largos e o liam a seguiu fechando a porta em seguida.
No momento em que a porta se fechou foi como se a minha raiva e a minha força tivessem ido embora, e ficasse somente tristeza e culpa, eu acho que a Ana tá certa eu sou a culpada da morte da minha mãe, eu sou assassina que a matou, se eu não tivesse sido imatura e tivesse ido naquela maldita festa talvez eu tivesse ela aqui, agora.
Meus olhos se encheram de lágrimas, as minha mãos tremiam, e minhas pernas estavam perdendo as forças.
Não...de novo não, por favor agora não...
Senti uma pequena mão segurar a minha com delicadeza, me fazendo virar e encontrar a lily me olhando. ela estava sentada sobre a sua cama, me olhando confusa e um pouco preocupada.
-nao chora tia em -disse ela em um tom de sussurro.
-eu não tô chorando, meu amor. -menti com os olhos cheios de lágrimas.
-tá chorando sim -sussurrou ela preocupada -tia em, você ta tremendo muito, senta aqui -apontou pra um lado da cama, assenti e me sentei a o seu lado -você tem alguém lá no céu? -perguntou.
-tenho a minha mãe...-respondi, me segurando pra não chorar mais ainda.
-o meu papai tá lá no céu, minha mãe me disse que ele virou uma estrelinha, a sua mamãe também virou tia em? -perguntou me fazendo sorrir, ela com certeza seria a mais brilhante.
-sim, meu amor...
A porta é aberta e por ela entra o liam, então limpo as minhas lágrimas imediatamente.
-não era pra senhorita estar dormindo? -perguntou para a lily.
-tio Liam, como você acha que eu vou dormir com uma novela mexicana acontecendo no meu quarto? - perguntou ela me fazendo gargalha juntamente com o liam.
-acho melhor você dormir minha princesa, tá muito tarde - o liam foi em direção a lily a deitando e ajeitando o edredom e logo em seguida beijando a sua testa, e então percebo a lily puxar o liam mais pra perto pra que ela possa sussurrar no ouvido dele, mais eu acabo escutando - " tio liam, cuida da em, ela tá triste a mamãe dela virou um estrelinha"
isso foi o suficiente pra que eu saia de lá as pressas, não queria que o liam me visse chorando, então desci as escadas o mais rápido que eu pude e fui em direção ao jardim, estava tudo completamente escuro, o único ponto de luz era a lua gigante.
Eu respirei fundo, até fazer aquela angústia ir embora o mais rápido possível, eu não queria e não quero que o liam me veja chorando... e eu não vou falar oque ocorreu lá dentro com a Ana.
-Emily? Você tá bem? -esculto uma voz rouca vinda atrás de mim.
-estou bem, não se preocupe -respondi.
-me desculpa pela Ana, ela é um pouco ciumenta...
-um pouco? -perguntei e o mesmo sorriu.
-tá bom, ela é muito ciumenta -riu ironicamente.
-acho melhor eu ir, porque se a sua namorada descobrir que estamos conversando é capaz dela ter um treco -falo o fazendo rir. -mais porque ela sente tanto ciúme de mim?
- há tantas coisas que ela pode sentir ciúmes.. -respondeu com um sorriso de lado.
-por exemplo?? -perguntei.
-você realmente não sabe? -perguntou com um sorriso que aparecia as suas covinhas.
-não, eu não sei liam...pode me dizer?? -perguntei.
-acho melhor não, eu tô me controlando pra não dizer oque eu penso... -ele me olhou com aquele mesmo olhar penetrante, estava tudo escuro então única coisa que eu conseguia ver era o seu rosto iluminado pela luz da lua, porque esse olhar sempre me deixa hipnotizada? Os seus olhos cor castanhos quase alaranjados não desviam nem por um segundo dos meus.
Eu conseguia sentir a sua respiração ofegante assim como a minha, eu tinha quase certeza de que ele escutava os meus batimentos de tão forte que estava no meu peito.
-boa noite, liam Miller -falei com a voz ofegante.
-boa noite, Emilly Laurent -respondeu com a voz rouca, logo em seguida me virei de costas e fui em direção a minha casa.
Continua...
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Mil Km Por Você
Romans{𝒎𝒊𝒍 𝒌𝒎 𝒑𝒐𝒓 𝒗𝒐𝒄𝒆} Emily laurent uma garota completamente fechada e bastante introvertida e com um sonho que pra ela era impossível. O sonho dela é ser uma escritora, uma escritora mundialmente conhecida, mais o amor bate a sua porta "lit...