Capítulo 25

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Saímos logo da escola. Em pouco tempo, Mark parou e disse que precisava ir para a casa dele. Ele pediu desculpa e disse que nos encontraria mais tarde. Ele esteve aparecendo no hospital sempre que possível, acho que ele vai mais tarde.

- Ei, S/n. -

"..."

- Amor? -

"..."

Michael parou de andar e segurou meus ombros firmemente.

- S/n! - Ele falou mais alto.

- Oi? Desculpa. - Ele suspirou e soltou meus ombros, como se estivesse aliviado. - Acho que fiquei meio distraído... Algum problema? -

- Não, tudo bem. Não precisa pedir desculpa. - Ele sorriu - Você pode pra casa sozinho? -

- Claro, mas por quê? -

Michael desviou o olhar e colocou a mão na própria nuca.

- Eu preciso ir na minha casa. -

Eu franzi minha testa e cruzei os braços.

- Por quê? -

- Logo o Evan vai sair do hospital... Preciso arrumar as coisas lá para cuidar dele. -

Eu olhei para baixo e suspirei. Não tem como evitar, não é como se eu pudesse pegar o Evan e levar ele para a minha casa. Querendo ou não, o William é o responsável dele.

- Você vai visitar o Evan hoje, né? -

- Sim... Vou arrumar as coisas lá em casa e mais tarde vou lá no hospital. -

- Posso ir com você? - Michael travou durante alguns segundos. - Michael? -

Ele se aproximou, me puxou para um selinho e depois me abraçou.

- S/n, por favor... Eu sei que você está preocupado, mas eu vou ficar bem. Eu sei me virar, não precisa se forçar, você recém está melhorando. -

- Eu não estou me forçando. Eu quero ir, Michael. Eu quero ver o Evan. - Eu empurrei ele um pouco para que ele pudesse ver meu rosto. Eu sorri e beijei sua bochecha. - Eu também vou ficar bem. -

Durante alguns segundos sua expressão era de pura preocupação. Aos poucos foi se suavizando, até formar um pequeno sorriso.

- Tem certeza? -

Admito, estou com medo. Medo de ver o William, mas principalmente, medo de ver o Evan. Porém, é exatamente por causa desse medo, que eu sei que preciso ir.

- Tenho. -

- Tudo bem, eu desisto. - Ele disse enquanto pegava seu celular. Eu sorri e beijei mais uma vez sua bochecha.

- Obrigado, meu amor. -

- Preciso aprender a ser mais resistente com você... Alô? Senhor Fritz? -

Eu só cruzei os braços e sorri, observando ele.

- Então... Na verdade, estamos indo para a minha casa. Preciso arrumar algumas, depois vamos n. Foi ideia do S/n! -

Eu ri. Michael sorriu, pegou minha mão e começou a andar.

- Tudo bem, pode deixar. Obrigado, até mais tarde. -

E então, ele desligou.

Eu não falei nada, nem ele. Fomos de mãos dadas até sua casa. Só soltamos nossas mãos quando chegamos bem na porta.

- Ai, ai... Vamos lá. - Ele disse enquanto respirava fundo e procurava a chave, parecendo nervoso.

Eu fiquei observando ele em silêncio, não quero pressionar ele. Alguns segundos se passaram, e ele continuava procurando a chave certa. Por que ele tem tantas chaves? Tem, no mínimo, 10 chaves nesse negócio.

Você me odeia? (Michael Afton x Male reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora