Capitulo 7 - Vida de corna

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Acordei, Jeann estava do meu lado. Sua mancha negra no canto dos olhos era inconfundível. Bocejei, estiquei o braço livre enquanto ajeitava o outro de baixo da cabeça da adormecida. Ela se mexeu e fez menção a acordar, mas não acordou. Me senti confortável daquela maneira, me estiquei e fechei os olhos, ia voltar a dormir. Antes que eu pegasse no sono, uma sensação ruim me tomou, senti que meus sentidos estavam perdendo suas funções, meu corpo parecia estar mais leve, porém um mal estar terrível me assolava, foi então que senti minha mão ser puxada e meu corpo gelou por inteiro. O quarto estava escuro e eu não conseguia ver nada, fechei os olhos com força e com muito esforço consegui dormir.

Acordei novamente levando murros e socos na cara, Jeann estava fora de controle. Ela segurava o meu celular com as conversas de outras mulheres, e seus olhos estavam cheios de água. Ela tinha descoberto infelizmente, mas eu sabia que essa hora chegaria.

- Seu filho da puta, eu sabia que estava de conversa com essas VAGABUNDAS!

Ela gritava enquanto tentava acertar meu rosto, estava totalmente fora de si.

- CALMA, FIQUE CALMA, NÃO PRECISA DE TUDO ISSO! – eu tentei acalmá-la.

- NÃO PRECISA? SEU CACHORRO, DESGRAÇADO, EU TE ODEIO, SAIA DA MINHA CASA, E LEVA SUAS VADIAS JUNTO COM VOCÊ! – disse jogando meu celular em mim.

Peguei o celular, olhei para a tela, e lá estavam, todas as conversas com minhas leitoras. A fonte de ouro tinha virado minha cova, a hora havia chego. Se estivesse acontecendo há alguns meses atrás eu teria tentado virar o jogo e teria feito de tudo para que ela continuasse comigo. Talvez mentisse até a ultima instância, ou inventaria algo cabulosamente dramático ao ponto de fazê-la permanecer comigo. De alguma maneira eu daria a volta por cima como sempre fiz, mas senti que era o nosso momento de se separar e que ela tinha razão em colocar tudo pra fora, eu era um canalha, merecia todas as porradas.

- Pode me bater, eu mereço. – me postei de fronte a ela.

Seus olhos estavam vermelho-sangue, sua boca salivava formando bolhas de saliva nos cantos e suas mãos fechadas, os punhos da vingança. Eu não conseguia prever o que ela poderia fazer. Jeann era louca de ciúmes, maluca total, ela se transformava quando sentia qualquer tipo de ameaça, e quando o assunto era o seu homem, ela tinha suas armas, e aquelas mãos faziam estragos. Eu sempre ficava muito ligado quando elas se fechavam, eram os punhos da justiça Jaeniana!

- Caí fora daqui ou eu vou te matar de tanto bater!

- Eu mereço, está tudo bem, pode bater.

Fechei os olhos e aceitei a situação. Mesmo que ela quebrasse a minha cara, eu merecia, essa era a melhor maneira de poder me deitar tranquilamente com outras mulheres. Senti as mãos dela me acertando, eram pancadas fortes, com o punho na diagonal, ela lutava feito um homem. Meu corpo foi pendendo para trás com a pressão dos socos e então esbarrei no guarda roupa, fiquei pressionado contra ele enquanto ela descia o pau em mim.

- SEU CACHORRO, FILHO DE UMA PUTA!!!!

Ela gritava e batia sem pausa. Comecei a pensar em como escapar, não poderia apanhar o dia inteiro. Segurei os braços de Jeann com muito esforço e olhei bem nos olhos dela.

- Pronto, está acabado, a culpa foi toda minha, não podemos mais continuar e eu não fui justo com você, agora vou pegar minhas coisas e vou embora.

Ela continuou tentando me acertar, só que não utilizava mais suas forças, seu corpo começou a ficar mole e seus olhos se encheram ainda mais de lagrimas.

- Não chore por mim, não vale a pena, realmente sou o canalha que você tanto enxergou, deve ficar feliz...

Seu choro me interrompeu. Em pouco tempo ela estava se debulhando em lagrimas. Eu juntava minhas roupas em uma sacola enquanto ela puxava os cabelos. Sua cara estava engraçada, sua boca fazendo bico e toda babada, as lagrimas escorrendo e caindo sobre seus seios fartos, deixando a blusinha branca toda transparente. Tentei disfarçar, mas seu decote estava todo transparente e o bico do peito entrou em evidência. Não usei a cabeça, ataquei por causa do instinto humano mesmo, eu era um idiota errante.

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