Capitulo 14 - Medo de mulher

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Cris balançou os cabelos e tive a sensação de paralisar no tempo com o brilho daqueles fios loiros dançando no ar. Ela me olhou, notou que eu estava admirando-a e então sorriu, com o sorriso mais belo que tinha visto naquele dia. A boca se estendia por alguns centímetros a mais que a arcada dentaria e a parte superior se interligava com a inferior formando um canto fino, bem desenhado e simétrico. Os dentes eram brancos e retos, nos seus sorrisos era possível ver suas covas e o desenho da bochecha se moldando comprimida e mais cheia dando espaço aos lábios estendidos. E os olhos negros e penetrantes, esse era o meu transe noturno.

- Pare de me olhar assim, estou envergonhada, sou tímida, lembra? – me disse desviando os olhos para baixo.

- É tão lindo quando fica tímida, a maneira que semi-serra os olhos quando inclina a cabeça para baixo, parece uma garotinha indefesa.

- Talvez seja porque eu sou, mas os homens têm medo de mim!

- Homens? Homem não tem medo, esses são frouxos. Como poderiam ter medo de algo tão belo assim?

- É, mas eles têm. Estou saindo com um delegado de polícia, e ele morre de medo de mim. Não tem motivos, mas tem muito medo.

- Ele é um frouxo, deve ser delegado de rola.

- Não entendi...

- Eu quis dizer que ele deve prender o pau no cú. Mas enfim, não temos o que temer.

Ela me olhava com certa insegurança, desviava seus olhos dos meus e tentava se esconder atrás daquele belo sorriso. Parecia não estar totalmente no ambiente, com um pé atrás.

- Eu que estou com medo de você, está tentando me seduzir.

- Eu, seduzir? Claro que não. Na verdade, você me seduziu com sua formosura.

- Não fala assim, eu não me acho tudo isso.

- Você não tem o que achar, aceite a verdade e pronto, baby.

- Se diz, tudo bem, seu safado.

- Venha cá...

Eu puxei sua nuca, e aproximei minha boca da sua, ela não ofereceu nenhuma resistência, fechou os olhos e inclinou o rosto para o lado aposto do que o meu estava. Nossos lábios se tocaram, ainda secos, se comprimiram, roçaram e umedeceram com nossas salivas que se sobre saiam conforme as lombadas bucais e o gingado do vai e vem da língua em atrito passional com a outra. Com os lábios molhados, o deslize fora mais eficaz e o tesão aumentou dentro de nossos corpos fracos e necessitados. Juntei-a para mais perto e pude sentir a sua temperatura elevada subindo do seu abdômen, até os seios, com as costas arrepiadas, espinha ficando rígida e boca mais aberta. Sua língua se estagnou por alguns segundos, na espera da dominação de seu hospício dominante. Da nuca, desci as mãos por suas costas peladas, e cheguei ao vestido, descendo ainda mais até o quadril carnudo e redondo, eram as curvas que eu me perdia, ela tinha o formato exato.

O clima estava ficando quente demais para um local público, então decidi parar. Afastei meu rosto e voltei a fita-la. Ela não sabia como reagir nesses momentos, e isso dava ainda mais prazer em olhá-la.

- Ei, pare de me olhar assim...

- Eu não consigo, você é muito linda, baby.

- Bom, então me diz, como estão as vendas do seus livros?

- Estou vendendo bem, melhor do que esperava.

- Eu andei lendo alguns textos seu, são bons, quantas experiências, hein?

- HAHA, algumas... todos temos.

- O que você acha de quem lê cinquenta tons de cinza?

- Bom, minha opinião é de escritor de erotismo, então, não é das melhores leituras do gênero, é um produto.

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