Acordei, era mais um dia de trabalho. Fui, fiz o que tinha que fazer e voltei embora. Era mais uma daquelas noites que eu me encontrava carente e com vontade de ver Luciana. Liguei para ela.
- Oi Lu, podemos nos ver hoje?
- Você acha que devemos? Já nos vimos faz pouco tempo.
- Eu acho que sim, estou com saudades, vamos vai?!
- Tudo bem, te encontro aí perto.
- Esta bem, linda.
Avistei o carro de Lu e fui até ela. Cheguei de mansinho pela porta do motorista e dei um susto nela.
- Caralho Victor, quer me matar do coração?
- Calma, só queria te assustar, que estresse.
- Não faça mais isso, está me entendendo?
- Tudo bem...
- E ai o que vamos fazer?
- Sei lá. Queria tomar alguma coisa aqui mesmo.
- Então compra algumas cerveja naquele posto, tome o dinheiro, eu pago desta vez.
- Ainda bem, porque estou duro, linda.
- Espero que esteja bem duro quando voltar.
Sorrimos e eu fui. Entrei na loja de conveniências do posto e peguei algumas garrafas, cada uma de uma marca, queria agradar Luciana de alguma maneira. Levei até o caixa.
- Bonita a garota, hein?
- É, acho que estamos dando certo.
- Vejo que estão mesmo, belo corpo, aproveita.
- Cuidado com o que fala cara, posso quebrar uma dessas garrafas na sua cabeça.
- Pagando por elas, você pode tudo, bonitão.
- Sai pra lá, prefiro esse lado da força.
- Boa sorte.
- Igualmente.
Voltei ao carro e levei as garrafas, estavam todas geladas.
- Que calor, você demorou seu idiota. - disse Luciana.
- Eu estava batendo em outros idiotas.
- Você? Batendo? É a maior mocinha que já conheci.
- Ei, tirou o dia pra me ofender, então?
- Estou brincando, vem cá.
Me deu um beijo, mas não fora o bastante pra apagar suas palavras da minha cabeça.
- Ainda estou bravo, muito bravo com o que disse.
- Toma sua cerveja, cala a boca.
Abri minha garrafa e a dela, brindamos e bebemos. Começamos a nos beijar, o vidro do carro embaçou.
- Olha, aqui dentro ta quente.
- Abre um pouco a janela.
Voltamos a beijar, ela estava pegando fogo, porém, muito quieta e distante, talvez fosse a minha mente, eu ficava perturbado sempre quando gostava de alguém.
Luciana sorria enquanto me olhava com aqueles olhos negros e provocantes. Sempre fui um admirador da sua beleza, até mesmo dos seus mais simples movimentos. O modo que ela jogava a cabeça para trás quando ia sorrir de algo bobo e piegas que eu dizia. O olhar de canto de olho quando ficava com vergonha de um elogio sincero meu, e essas coisas eram ainda mais eletrizantes quando ela estava nua.
- Tira esse macacão. - eu disse.
Roçava meus dedos nos seus pelos pubianos ralos que saiam pelo tecido fino. Era maravilhoso saber que aquele corpo me pertencia, e estava vencendo todas as minhas inseguranças.
- Estamos no meio da rua seu louco, alguém pode encontrar a gente.
- Não tem problema, está tudo escuro, ninguém passa por aqui.
- Passa sim, não quero arriscar, mas conheço um lugar que podemos ficar tranquilos.
- Então vamos, linda.
Rodamos e estacionamos, o lugar era vazio mesmo, de frente a um cemitério, tudo deserto, o lugar ideal. Minha mão dançava sobre seu corpo.
- Tira a roupa, agora! - ordenei.
A lua estava mais próxima da terra, e o ar formava um mormaço desconfortante, nossa privacidade idealizada no meio da noite dentro daquele carro prata.
- Abram a porta! - bateram na janela.
- Caralho, encontraram a gente.
Luciana se recompôs rapidamente e deu ré no carro, fez a baliza e acelerou, fizemos o guarda comer poeira. Entramos numa garagem que estava aberta, por sorte.
- Preciso mijar, pêra aí.
Sai do carro e mijei no muro, era um alivio, ela colocou a cabeça pra fora.
- Vem logo, bunda branca.
- Não faz baralho, cacete!
Pulamos para o banco de trás e eu tirei seu macacão lentamente, ia beijando cada canto do seu corpo e bebendo nossa cerveja.
- Você está magnífica hoje.
- Nos outros dias eu não estava?
- Fica quieta.
Me sentei com dificuldade no banco e ela sentou no meu colo, rebolava intensamente, minha visão estava turva mas eu conseguia ver o seu gingado e sentia nossas peles em atrito. Coloquei-a de quatro.
- Essa carro é muito pequeno. - eu disse.
- Você ta falando mole, ta bêbado! - sorriu.
Segurei na sua cintura e entrei, de leve, suavemente, não queria que aquele momento acabasse nunca. Meti com toda a minha alma, sentindo cada deslizar do meu pau. Ela estava quente e aconchegante, era um bom lugar para enfiar ele. Senti que ela estava chegando no ponto.
- Acho que vou gozar! - disse Luciana.
Aumentei a velocidade, ela gemia bem baixinho, eu suava frio, estava muito bom, como eu nunca tinha feito antes. Senti que meu gozo também estava gozando.
- Eu também vou gozar!
- Vamos, juntos então.
Meti, meti, meti, gozei, ela gozou, ficamos parados, estagnados, em êxtase, o álcool ia saindo do corpo, e ficamos mole, deitamos no banco.
- Vamos pra casa, estou cansado.
- Tudo bem, te levo na sua casa.
- Fica comigo desta vez?
- Vamos.
Nos vestimos e voltamos para o banco da frente. Minha mão não saia das pernas de Lu, ela dirigia concentrada e eu continuava bebendo. Coloquei a cabeça pra fora da janela:
- Minha ex mora aqui.
- Nessa casa aí?
- Essa mesmo, VAGABUNDA!!!
Nós caímos na risada, chegamos na minha casa e ela desligou o carro.
- Então... vamos entrar? - eu perguntei.
- Victor... estamos indo muito rápido, eu não posso ter nada sério agora.
- Eu sei disso, só quero que entre e passe essa noite comigo.
- Tudo bem...
Entramos. Levei Luciana até meu quarto e a coloquei na cama.
- Você esta me tratando como um bebe, para com isso. - sorriu.
Nos deitamos, estiquei os braços e Lu deitou no meu peito, colocou a perna sobre a minha e nos encaixamos, aquele era o momento ideal para mim, fechei os olhos e dormi, desta vez seguro.