𝙼𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊𝚜 𝚊̀ 𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 - Cinco Hargreeves

𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 １８

CAPÍTULO 18:
Novo Suspeito.

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𝙲𝚊𝚜𝚘:  ０３７２５６２２-𝙷
𝙰𝚐𝚎𝚗𝚝𝚎:  𝙴𝚕𝚎𝚊𝚗𝚘𝚛 𝙲𝚕𝚒𝚏𝚏𝚘𝚛𝚍
𝙿𝚛𝚊𝚣𝚘:  １５ 𝚍𝚒𝚊𝚜

𝙲𝚎𝚗𝚝𝚛𝚊𝚕 𝚍𝚎 𝚛𝚊𝚖𝚒𝚏𝚒𝚌𝚊𝚌̧𝚘̃𝚎𝚜 𝚍𝚊 𝚕𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚕, 𝙾𝚎𝚜𝚝𝚎, 𝙰 𝙲𝚘𝚖𝚒𝚜𝚜𝚊̃𝚘.

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É a primeira coisa que vejo na minha mesa. Casos fresquinhos. A segunda é um pacote com uniformes novos, assim como eu havia pedido para Cinco.

Susan está organizando minha prateleira, colocando casos solucionados num carrinho para levar até o controle de envios. Enquanto isso, eu folheio todos os casos novos que ela deixou para mim aqui, repondo minhas energias com um bom e caro café.

Nada novo, hoje. São só mais casos fáceis e alguns medianos. É raro vir um caso que eu quebre a cabeça para solucionar, ouso dizer que sou melhor nisso do que nas missões de eliminação.

E, felizmente, nenhum tubo infernal me incomodou hoje. Eu não teria saco para carregar uma maleta pesada e tirar a vida de alguém. Quero só ficar no meu escritório, no meu canto, longe de problemas.

Mesmo quando eles vêm até mim…

— Revisa isso direito! — Uma mulher de cabelo curto e escuro entra na minha sala sem ao menos bater na porta. Ela é filha da Gestora, e acha que manda aqui. Considero a sua sede de liderança, mas não a forma como ela exerce.

— Como? — pergunto, não porque não entendi, mas porque não gostei do tom dela.

— Revisa — ela repete, com deboche enfatizando sua próxima frase: — É o maior caso da história. Você manda matar duas pessoas sem nexo algum? A única coisa que têm em comum é a data de nascimento.

— Sim — balanço a cabeça. Admiro minha paciência hoje, caso contrário eu teria voado no pescoço dela por questionar o meu trabalho. — E qual é o problema?

Lila não tem mais poder que eu, aqui na Comissão. Não é minha chefe e não devo respostas a ela. Mas pela mãe que tem, esse comportamento é esperado.

— Hazel e Cha-Cha recusaram essa missão. Sobrou pra mim. Eu recebi essa ordem de eliminação e não vou matar alguém que esteja fora da equação.

— Essa é a ordem que eu mandei. Sua função não é questionar o meu trabalho.

— Mas você não…

— Obrigada, Lila. Você pode fazer uma reclamação na diretoria, se quiser. Mas está perdendo tempo aqui.

Feito uma criança mimada, ela revira os olhos e sai do meu escritório, batendo a porta delicadamente como quem não queria me xingar de todos os nomes. Quando ela saiu, Susan olhou para mim, eu olhei para ela, e começamos a rir do show que Lila fez. Poderia ser algo a pesar na minha cabeça, um conflito para estressar o meu dia, mas consegui levar da forma mais leve que consegui.

Todos os agentes que são infortunados a ter Lila como sua agente de execução, têm dores de cabeça. Ela gosta de fazer perguntas, gosta de um trabalho bem feito, gosta de resultados, mesmo que o processo seja imperfeito e cansativo.

— Até amanhã, Clifford — Susan diz a mim.

Antes de respondê-la, olho para o relógio na parede. As horas passaram e eu nem senti, o horário de trabalho da minha assistente já acabou e eu ainda tenho uma pequena pilha de documentos.