𝙲𝙰𝙿𝙸́𝚃𝚄𝙻𝙾 51

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CAPÍTULO 51;
Homenagem.

⊰◎⊱

Ontem liguei para o meu irmão e pedi que ele viesse para a minha casa. Ele não faz ideia que está vindo para receber a notícia de que terá um sobrinho.

Cinco também avisou seus irmãos, e estamos dizendo que é só um encontro de família. Algo casual. Como fazemos todos os meses.

Preparamos a casa e só estamos esperando eles chegarem. Penso que estão atrasados, mas é só a hora que não passa.

— Olha o que Arnold nos deu — Cinco tira de uma sacola um par de sapatinhos brancos, junto a uma roupinha de dinossauros.

— Meu Deus, que coisa mais fofa… — eu pego com a maior delicadeza, sentindo meus olhos se emocionarem.

— Ih, já vai chorar.

O comentário dele matou todo o momento de fofura e me fez arremessar um dos sapatinhos em seu peito.

Esses vão entrar para o armário de poucas roupas que nosso filho já tem. A maioria são presentes de amigos do trabalho, a outra parte são coisas que eu não aguentei e tive que comprar.

Um dos quartos de hóspedes está quase vazio. Estamos fazendo alguns ajustes para transformá-lo em um quarto infantil.

Nunca achei que faria isso na minha vida.

— Você acha que já dá pra perceber? — pergunto, me olhando no espelho e passando a mão pela minha barriga.

— Não, Elle. Eles vão nem desconfiar.

Sei que ele concordar comigo é só uma estratégia para me fazer sair de frente do espelho. Mas funciona.

A campainha toca, e vamos às pressas para atender. Todos os irmãos de Cinco vieram, e estão com um clima estranho entre si.

— Tá tudo bem? — pergunto casualmente, cumprimentando Viktor.

— Tá, sim. É que o Luther veio com o Diego.

— Ah, claro.

Não podia ser diferente.

Quando me viro, todos meus cunhados já estão nos fundos da casa, provavelmente planejando um jeito de pular naquela piscina que mais me deixe com raiva.

Olho para o relógio em meu pulso e tenho a certeza que Miles está atrasado. Mas não leva muito tempo até ele bater na porta também.

— Oi, maninha! — ele diz, entusiasmado. Nada novo.

Ele me abraça, forte o suficiente para tirar meus pés do chão. Talvez o apelido e o abraço exagerado sejam para mostrar o quanto ele está mais alto e aparentemente mais velho que eu.

— Já falei pra não fazer isso! — Dou um tapa em seu ombro. Ele me coloca de volta no chão, com aquele sorriso arteiro.

— Que saudade. Tenho que visitar vocês mais vezes. Onde está o Cinco?

Aponto para o corredor, e Miles segue meu dedo. Essa pergunta já é fixa em todos os nossos encontros. Não duvido que ele esteja mais ansioso para ver Cinco do que a mim.

Observo os dois conversando como velhos amigos. Eles de fato têm muito o que conversar, ambos gerenciam empresas.

— Meus pais estão viajando, por isso tive que remexer toda a minha agenda para poder vir hoje. Sabe, pagar as contas deles e tals — Miles diz para Cinco, que concorda com a cabeça. — Mas vale muito a pena.

𝙼𝚎𝚗𝚝𝚒𝚛𝚊𝚜 𝚊̀  𝙿𝚊𝚛𝚝𝚎 - Cinco HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora