QUE SE INICIE O FIM

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Observei meu reflexo no espelho, a roupa de couro negra, o macacão com detalhes esverdeados era colado em meu corpo para que eu possuísse total flexibilidade, na região da barriga e costas o material era algo mais resistente como uma armadura, tudo para proteger a criança que crescia em meu ventre.
Meu cabelo estava em trança obviamente com a coroa em minha cabeça, coloquei luvas de couro de dragão e botas, sem saltos porque meus pés começavam a doer muito, algo que ninguém precisava saber.
Eu poderia sentir o gosto do sangue em minha boca, o sangue que faria questão de tomar de todos que eu conseguisse matar.

Em minha breve vida fomos criados para lidar com os problemas que carregavam nossos nomes, mas havia algumas pontas soltas e eu não conseguia resolvê-las ou se quer entendê-las.

Elizabeth não era minha avó e sim tia avó, o que aconteceu com minha avó e por que ninguém se lembra dela?

Como Thomás e Daniel estavam?

Será que Niklaus seria verdadeira fiel ao Lord Voldemort, como o mesmo ficou após minha morte?

Por que eu estava miseravelmente descontrola pronta para pular na jugular de qualquer um em minha frente?

E a mais importante...meu filho nascera como um monstro resultando em um parto complicado.

Eram pontas soltas, pensamentos nublosos que rondavam minha mente como um furacão, estava longe de minhas habilidades poder resolver tudo porque afinal, eu não era obrigada a ter todas as respostas, mas me estressava ficar ao escuro.

A gravidez começava a mudar meu corpo de maneira mais tensa, os pés começavam a doer assim como a coluna, meus cabelos levemente ressecados e minha vontade de chorar por absolutamente nada, como no exato dia que Nathaniel comeu o último pedaço de bolo de chocolate..céus..

Eu desejava do fundo da minha alma matar o bastardo de Mattheo Riddle por me engravidar no pior momento de nossas vidas, desejava pular em sua jugular e rasgá-la ponta a ponta, um grande imbecil...mas também desejava dormir agarrada a ele me fazendo cafuné, acordar com seus beijos, nossos longos banhos de banheira com aromas florais, suas piadas idiotas e comentários sem o mínimo escrúpulo, como ele se mexia na cama quando não conseguia dormir para que eu acordasse e fizesse companhia, como minha pequena barriga se encaixava perfeitamente quando eu o abraçava pro trás e nossos olhares..nunca possuiria uma conexão tão forte em um simples olhar.

Eram mil pensamentos e sentimentos me deixando atordoada, eu precisava de Mattheo, nós precisávamos!

A porta se abriu fazendo minha atenção até o local, logo um sorriso se fez em meu rosto ao ver Nathaniel trajado dos pés a cabeça de Bokova.

- Muita felicidade para alguém que está indo a guerra não?. Ele perguntou se aproximando me analisando.

- Querido não sabe como é satisfatório ver você assim...com a roupa de nossa casa.

Ele sorriu e me abraçou apartado, Nathaniel seria um dos meus principais focos nesta noite.

- Queria passar alguns minutos com minha prima.

- Iremos ficar juntos está noite ainda!

- Não será você, sabe disso...será a Suprema.

- Sempre será sua prima á você Nathaniel, qualquer mínima ideia de algo errado ou machucados, dores, medo...não pense duas vezes em correr para mim está me ouvindo.

- Eu não sou uma criança Gabriele, tenho meus dezessete anos e ficarei bem com o exército, estou treinando a meses.

- Hoje meu foco será você, Mattheo e Katherine, não importa a idade.

THE PETROVA KRUM || HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora