CAPÍTULO 73

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eu possuía a certeza de apenas alguns acontecimentos em minha caótica vida, coisas simples e óbvias, e que infelizmente estavam enraizadas em meu cotidiano como raizes venenosas que a cada dia matavam mais uma parte de minha alma.

Primeiro, eu reinaria não importa onde, e teria mais inimigos do que Elizabeth e Kirigan juntos.

Segundo, meu corpo armazena mais magia do que eu consigo aguentar e um dia isso me mataria.

Terceira, eu sou completamente e atordoadamente viciada em substâncias ilícitas, desde o ventre de Alice eu possuía o contato com drogas, um feto com dependência química.

Quarta, as trevas sempre tomaram conta de meu corpo e eu sempre às controlei, até agora, elas haviam rompido a fina linha que mantinha minha sanidade.

Quinta, meu sangue é a perfeita mistura dos maiores psicopatas que já pisaram ao mundo da elite suprema.

E a última, meu maior pesadelo, a maior dor, meu avô estava morto.

Um pedaço de mim havia sido morto junto a ele e agora a silhueta do mesmo homem me encarava, atordoado, porém seu cheiro, seu rosto, seu rosto que pensei nunca mais ver, eu precisei tanto dele para não desmoronar e agora ele estava em minha frente.

Minha primeira ideia em mente foi o óbvio, trapaça, estavam tentando me matar a semanas, era como colocar o queijo na ratoeira.

Mas eu não cairia, nem Merlin me mataria.

O homem se virou assustado me olhando detalhadamente, sua aparência continuava a mesma o que me assustou ainda mais, me fazendo recuar.

- Querida...Ele veio se aproximando.

Com minhas mãos ágeis transfigurei feitiços de cordas prendendo o homem na parede rapidamente deixando o mesmo surpreso.

Peguei meu punhal que estava preso em minhas botas as quais calcei com tanta pressa quando escutei os barulhos.

Pressionei a faca na garganta do homem e observei cada detalhe, nunca em minha vida precisei ser tão forte, mas não era ele, não era gabriele.

- Gabriele querida não...

- Cale a porra da boca, acharam mesmo que eu cairia nessa, tolas.

Comecei a apertar ainda mais as cordas assim como a faca, vendo uma linha de seu sangue escarlate escorrer por minhas mãos, até que Kirigan entrou apressado no quarto.

- Caralho porra solte ele.

Nesse momento eu olhei raivosa para ele.

- Não irei soltar ninguém, estão tentando nos enganar.

O homem que estava a mercê da minha faca sorriu e olhou para Kirigan.

Soltei a faca e observei o homem a minha frente, mirei a pequena faca dessa vez em Kirigan e fui em sua direção.

- Seu cretino filha da puta está tentando brincar comigo usando a imagem de um morto!.

Ele rapidamente tirou a faca de minha mão e mirou agora em meu pescoço.

- Querida se quiser lidar como louca seremos loucos juntos.

Respirei fundo e os olhei atordoada, até que a imagem de William Rosier chegou mais perto.

- Precisamos conversar elle.

Minha respiração parou, por um momento senti meu chão desmoronar e tudo em minha volta parar por horas, não havia raciocínio lógico para esse acontecimento.

THE PETROVA KRUM || HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora